Avaliação dos efeitos da ressuscitação volêmica com Ringer lactato ou terlipressina na função renal em modelo experimental de choque hemorrágico em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Castro, Leticia Urbano Cardoso de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-11112021-111527/
Resumo: O choque hemorrágico (CH) é uma das principais causas de morte em pacientes que sofrem algum tipo de trauma. O principal tratamento para esse tipo de acometimento é a administração de solução cristaloide de Ringer lactato (RL). Apesar dos efeitos benéficos hemodinâmicos do RL, como o restabelecimento da pressão arterial média (PAM), existem efeitos colaterais importantes, como o edema e consequentemente lesão de órgãos. Por este motivo, novas estratégias de tratamento pré-hospitalar que visam a sobrevida desses pacientes estão sendo estudadas. A Terlipressina (TLP) é uma delas. Seu grande efeito vasoconstritor pode ser promissor para o controle do sangramento ao mesmo tempo que restabelece a hemodinâmica e homeostasia. A TLP também teria um efeito anti-inflamatório. Em nosso projeto utilizamos ratos Wistar e realizamos um modelo experimental de CH de 60 minutos com pressão controlada entre 30-40 mmHg. Após o choque, foi feita a administração de solução de RL associada ou não à TLP, e após 15 minutos foi feita a reinfusão do sangue retirado. Os animais foram eutanasiados 24 horas após o CH, onde foi retirado, sangue, urina e os rins. Houve melhora da sobrevida com o tratamento com TLP. Também observamos uma significativa melhora da função glomerular e tubular avaliadas pelo clearance de creatinina, N-GAL, fração de excreção de sódio (FENa), e expressão de aquaporina 2 (AQP2). Na histologia, observamos uma significante diminuição de lesão tubular. Os animais tratados com TLP tiveram uma PAM mais elevada em relação aos outros grupos. Observamos também que os animais tratados com TLP apresentavam menor infiltração de macrófagos, IL-18 e menor expressão de NF-kB, com aumento significativo de V1a e AT-1. Em conclusão, a administração de TLP pode ser uma terapia viável na IRA induzida pelo CH. A TLP portanto, pode atenuar a IRA modulando a resposta inflamatória via receptor V1a