Avaliação do impacto econômico e clínico de um protocolo para a utilização da terlipressina no tratamento da hemorragia digestiva alta varicosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Morais, Aline Araujo Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17157/tde-01062020-084438/
Resumo: Introdução: A terlipressina é o vasoconstrictor esplâncnico de escolha para o tratamento da hemorragia digestiva alta varicosa e apresenta elevado custo financeiro. Atualmente, este medicamento é utilizado em combinação com a endoscopia digestiva. Contudo, não há uma padronização adequada em relação ao ajuste de dose e tempo de utilização neste tratamento combinado. Método: Estudo observacional, de coorte, realizado em duas etapas, sendo a primeira uma coorte retrospectiva antes da implantação do protocolo e a segunda etapa uma coorte prospectiva, após a implantação de um protocolo clínico para prescrição da terlipressina para o tratamento da hemorragia digestiva alta varicosa. Este protocolo incluía o ajuste da dose da terlipressina baseada no peso ideal estimado pela altura medida do paciente, uma duração de três dias de utilização e redução da dose após ligadura elástica com sucesso. Comparou-se a taxa de falha de controle de sangramento e de ressangramento utilizando-se a definição de Baveno V. Para análise fármaco-econômica considerou-se o preço médio da ampola de R$265,44. Resultados: Foram incluídos 73 pacientes na fase antes do protocolo e 107 pacientes na fase após o protocolo. Não foram observadas diferenças significativas em relação às características demográficas, clínicas, laboratoriais e do tipo de tratamento entre os grupos (p>0,05). Não foi observada diferença na taxa de falha de controle de sangramento: 22(30%) vs. 29(27%), p=0,66 e na taxa de ressangramento: 40 (56%) vs. 58(54%), p=0,86. Após o protocolo observou-se redução significativa no número médio de ampolas administradas por paciente (37±28 ampolas vs. 27±19 ampolas, p=0,005), levando a uma redução do gasto anual da instituição com esse medicamento (R$796.316,00 para R$539.633,00; p=0,01). Conclusões: A utilização deste protocolo para guiar a prescrição de terlipressina apresentou importante impacto na economia de recursos financeiros sem apresentar repercussão clínica no tratamento.