Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Paes, Gabriela Segarra Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-01122009-160957/
|
Resumo: |
A região entrecortada pelos rios Pilões, Nhunguara, Sapatu e Pedro Cubas era a mais rica zona de mineração de Eldorado (São Paulo), e o local para onde foram levados os primeiros escravizados que aportaram na região. Com a decadência da mineração, no final do século XVIII, muitos escravizados foram abandonados ou alforriados, transformando-se em camponeses, autônomos do ponto de vista econômico e religioso. O poder religioso era independente do clero oficial e concentrava-se nas mãos de leigos. Dessa forma, desenvolveu-se um catolicismo popular marcadamente diferente do catolicismo romano e repleto de influências africanas, e a Recomendação das Almas era uma de suas práticas. Porém, a partir dos anos 50 do século XX, o modo de vida tradicional dos negros da região, caracterizado pela autonomia, começou a sofrer fortes abalos devido às mudanças provocadas pelo corte ilegal do palmito, pela construção da estrada, pela implantação de unidades de conservação e pela ameaça da construção de barragens ao longo do Rio Ribeira de Iguape. Paralelamente, as práticas típicas do catolicismo popular entraram em declínio, e a Recomendação das Almas continuou a ser realizada apenas na região de Pedro Cubas. No entanto, as comunidades negras da região mobilizaram-se conjuntamente contra as adversidades e se auto-identificaram como membros de comunidades remanescentes de quilombo, e originaram as seguintes comunidades remanescentes de quilombo na região: Pedro Cubas, Pedro Cubas de Cima, Sapatu, Nhunguara, São Pedro, Galvão, Ivaporunduva, André Lopes, Pilões e Maria Rosa. Dessa forma, lutam contra as barragens, pelo direito de cultivar a terra e pela titulação de seu território. |