Integração agricultura-indústria: a rentabilidade na produção de tomate para indústria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1986
Autor(a) principal: Martincowski, Paulo Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20220208-015159/
Resumo: O primeiro objetivo deste trabalho foi verificar se os produtores de tomate para indústria obtêm rendimento líquido nessa cultura. Para isto, foram utilizados dados de uma pesquisa efetuada pelo Instituto de Economia Agrícola - IEA, em 1979, junto a produtores de tomate para indústria da região de Araçatuba - SP. Setenta e cinco porcento dos produtores de tomate irrigado entrevistados obtiveram rendimentos positivos de 23%, em média, no ano de 1979, e dos seis produtores que não obtiveram resultado positivo, cinco não atingiram níveis de produtividade razoáveis. O segundo objetivo foi discutir a importância, para o agricultor, de cultivos complementares. A literatura analisada mostra que o agricultor explora cultivos complementares para melhorar a utilização dos recursos disponíveis, tendo em vista diminuir os custos de produção. Particularmente, no cultivo do tomate, o agricultor cultiva subseqüentemente, na mesma área do tomate, outros produtos como milho, feijão, ou mesmo cana, acrescentando pouco ou nenhum adubo à terra, aproveitando os resíduos existentes no solo, provenientes da cultura do tomate. Contrastando, porém, com essa prática dos agricultores, a apuração de custos, de modo geral, não atenta para a utilização conjunta dos recursos de produção. Por consequência, várias pesquisas concluem, incorretamente, que a indústria de processamento se apropria de todo o excedente gerado na produção agrícola. A confrontação dos pequenos produtores de outras matérias-primas para a indústria com os produtores de tomate mostrou características distintivas entre estes grupos, resultando em diferenças substanciais na retenção de excedentes entre os produtores de tomate e os outros grupos analisados. A apropriação de excedentes pelos produtores agrícolas integrados com a agroindústria dependeria do poder de barganha de cada setor agrícola frente ao setor agroindustrial. Por fim, traçaram-se as principais características do processo geral de industrialização da agricultura, evidenciando a intensificação dos vínculos da produção agrícola ao setor industrial.