Associação entre o estado nutricional e a fragilidade no risco de quedas, internação e morte em idosos após seis meses de uma internação por depressão unipolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lobato, Zulmira Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-05042022-161907/
Resumo: INTRODUÇÃO: Os transtornos depressivos, fragilidade e desnutrição são tópicos importantes de interesse em geriatria. Esta relação pode desencadear desfechos desfavoráveis como reinternação, queda e morte. A desnutrição leva ao desenvolvimento de importantes síndromes geriátricas como a fragilidade e a sarcopenia. A coexistência de um quadro depressivo sobreposto à síndrome da fragilidade pode predispor ou agravar carências nutricionais, tornando-se assim um fator de risco aumentado para uma piora do estado nutricional. OBJETIVOS: Avaliar a associação entre o estado nutricional e a fragilidade no risco de quedas, internação e morte em idosos após 6 meses de uma internação por depressão. Secundariamente, (1) avaliar a prevalência de desnutrição e fragilidade entre os idosos incluídos no estudo; (2) avaliar a contribuição da fragilidade, do perfil de risco nutricional e ambos em conjunto para o desfecho principal; (3) avaliar a variação do peso até a alta hospitalar, segundo o risco nutricional e a presença de fragilidade. MÉTODOS: estudo observacional prospectivo, de seis meses de duração, desenvolvido em unidades de internação de psiquiatria geriátrica. A amostra foi composta por 105 pacientes no início do estudo e 97 completaram seis meses de seguimento. A NRS-2002 foi utilizada para triagem de risco nutricional, a avaliação antropométrica e a Mini Avaliação Nutricional (MAN) para diagnóstico nutricional e a FRAIL para detecção de fragilidade. Para análise estatística foi utilizado o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 21.0. RESULTADOS: Os participantes apresentaram idade média de 69,9 anos, sendo 50,5% de mulheres e 90,5% de brancos. Após 6 meses, 21 (20%) pacientes tiveram pelo menos uma queda, 27 (25,7%) deram entrada no hospital e 3 faleceram (2,9%). O tempo médio de internação hospitalar foi de 45,6 dias. Oito pacientes foram perdidos no seguimento. Do total, 43,8 % estavam sem risco nutricional e 56,2 % estavam em risco nutricional para desnutrição. Dentro do grupo que apresentavam risco nutricional, 44,8% foram considerados frágeis e 55,2% pré-frágeis. A MAN foi relacionado com a FRAIL e demais variáveis, sendo que 13,3% estavam com estado nutricional adequado, 74,3% estavam com risco nutricional e 12,4% estavam desnutridos; os desnutridos tinham idade mais avançada. CONCLUSÕES: Houve uma boa correlação entre estado nutricional e fragilidade e seus desfechos