Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Yamaguti, Siomara Tavares Fernandes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-13012022-094156/
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Resumo: |
Introdução. Idosos frágeis são aqueles que apresentam certas características que os tornam mais vulneráveis ao adoecimento, a desenvolver complicações ao longo da internação que determinam suas chances de recuperação e sobrevida. Embora as características clínicas que definem a fragilidade possam, por si só, aumentar as chances de complicações durante a internação, nem todos os idosos frágeis evoluem de forma desfavorável quando hospitalizados. É possível que fatores adjacentes a sua condição frágil acrescentem riscos e determinem a ocorrência dessas complicações. Alterações cognitivas estão associadas a maior índice de internação na população idosa geral, podendo ser um fator agravante em idosos frágeis. Objetivo: Analisar se o desempenho cognitivo está associado a maior ocorrência de complicações durante a hospitalização. Método: Estudo observacional, transversal, realizado em um hospital privado, de atenção terciária, localizado na cidade de São Paulo. Os dados foram obtidos de registros eletrônicos armazenados na plataforma digital (RedCap) de 926 pacientes, com 60 anos ou mais, classificados como frágeis, segundo a escala FRAIL e admitidos nas unidades de internação hospitalar. Foram consideradas complicações hospitalares a ocorrência de um ou mais dos seguintes eventos: queda com lesão, lesão por pressão (estágio 2), broncoaspiração, delirium incidente, contenção mecânica, transferência não planejada para UTI, tempo de internação > 30 dias, alta para instituição de longa permanência, perda funcional, óbito intra-hospitalar e pós-alta, e reinternação 30 dias após alta. O desempenho cognitivo foi avaliado pelo instrumento 10- point Cognitive Screener (10-CS). Resultados: Aproximadamente 50,1% dos idosos frágeis apresentaram pelo menos um evento de complicação hospitalar, sendo o delirium incidente, a readmissão hospitalar e o declínio funcional em 30 dias após alta, os eventos mais frequentes. Em todos eles, os idosos com complicação hospitalar tinham pior desempenho cognitivo. O desempenho cognitivo influenciou as changes de complicação hospitalar. A cada ponto no 10-CS, as chances de complicação hospitalar diminuíram em 19,2%. Conclusão: Idosos frágeis com pior desempenho cognitivo apresentam maior chance de desenvolver alguma complicação hospitalar durante a internação ou 30 dias após a alta. Esses resultados podem direcionar novos estudos para construção de ferramentas preditivas para rastreio de idosos mais vulneráveis à complicaçõesrelacionadas a internação hospitalar, para enfermagem é de extrema importância estas informações afim de permitir um plano de cuidados multidisciplinar adequado as suas necessidades de saúde e riscos de adoecimento. |