Identificação de fatores de risco para desfecho desfavorável após cirurgia plástica: estudo retrospectivo de uma população idosa em um hospital terciário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Secanho, Murilo Sgarbi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Age
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251382
Resumo: Introdução Apesar do significativo aumento da Cirurgia Plástica na população idosa, seja em caráter reparador ou estético, no Brasil não dispomos de dados suficientes sobre a epidemiologia, os riscos, as taxas de complicação e os desfechos em idosos submetidos à cirurgia plástica. Objetivo O objetivo deste trabalho foi avaliar e identificar fatores associados a desfechos desfavoráveis através do escore mFI-5, assim como analisar as características clínico-epidemiológicas dos pacientes idosos submetidos à cirurgia plástica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. Metodologia Trata-se de coorte retrospectiva de pacientes idosos submetidos à cirurgia plástica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu entre 2013 e2020. As variáveis analisadas foram idade, sexo, comorbidades, tipo de cirurgia realizada e indicador de fragilidade modificado (mFI-5). Os desfechos avaliados foram complicações perioperatórias e pós-operatórias; reinternação em um mês e em um ano; mortalidade em um mês e em um ano após a cirurgia. Resultados Identificamos 229 pacientes, com idade média de 70,1 anos ± 8.8 anos. A maioria era do sexo feminino (54,6%). As comorbidades mais prevalentes foram hipertensão arterial sistêmica (62,4%), tabagismo (27,5%), diabetes (23,1%) e hipotiroidismo (10,5%). As indicações cirúrgicas foram neoplasia (45,0%) e trauma (20,5%). Escore de fragilidade maior ou igual a dois impactou na reinternação em 30 dias (p=0,012) e em um ano (p=0,016). Nos pacientes com escore maior ou igual a três, a sobrevida em um ano foi menor (p =0,033), e o índice de reinternação em 1 ano foi maior em 29,4% (p=0,038). A análise multivariada mostrou que a idade está relacionada à maior chance de reinternação em 1 ano (p = 0,041) e um escore de fragilidade maior ou igual a três foi relacionado a óbito em um ano (p 0,046). Conclusão A população idosa submetida à cirurgia plástica no HC-FMB teve maior prevalência do sexo feminino, com alta taxae de comorbidades associadas. As cirurgias mais realizadas foram as de caráter reconstrutivo. Pacientes com maior pontuação do escore de fragilidade modificado apresentaram menor sobrevida e maior taxa de reinternação no seguimento de um ano.