Biocompatibilidade dos stents coronarianos de liga de cromo-cobalto: implicações clínicas em pacientes com revascularização cirúrgica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Amaral Neto, Othon
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-11012023-164645/
Resumo: No Brasil, 80% das cirurgias de revascularização do miocárdio (CRMs) e intervenções coronarianas percutâneas (ICPs) são realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, a ICP com stent não farmacológico (SNF) é o procedimento predominante no tratamento da doença arterial coronariana (DAC) crônica. Contudo 13 a 26% desses pacientes necessitarão de CRM, e ainda não há consenso quanto às implicações da reestenose intra-stent na evolução clínica desses pacientes. O presente estudo tem como objetivo avaliar o impacto da ICP prévia com SNF na evolução clínica dos pacientes submetidos a CRM, em um único centro de médio porte prestador de serviço do SUS. Para tanto, 442 prontuários de pacientes submetidos à CRM na Santa Casa de Araraquara, entre janeiro de 2012 e dezembro de 2018 foram analisados, sendo 340 submetidos primariamente à CRM e 102 previamente revascularizados com ICP com SNF, unicamente. A avaliação das variáveis pré-operatórias, perioperatórias e dos desfechos pós-operatórios pelo método de regressão logística multivariada, em até 30 dias, não observou diferença significativa na incidência dos desfechos agrupados em eventos cardiovasculares e cerebrovasculares adversos maiores (do inglês major adverse cardiovascular and cerebrovascular events, MACCE) nos pacientes submetidos a ICP, entretanto houve diferença significativa em até 1 ano (p = 0.012), apesar de baixo valor explicativo para presença dos desfechos. Observou-se também, na regressão logística multivariada, significância estatística para maior incidência de MACCE em até 30 dias nas variáveis de fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) < 30% (p < 0.001) e presença da revascularização incompleta durante a CRM (p = 0.02), que também foi significativa em até 1 ano de seguimento (p = 0.012). Portanto ICP não foi associada a maior incidência de MACCE em até 30 dias, havendo, contudo, significância no seguimento de até 1 ano, na utilização exclusiva de SNF.