Avaliação de parâmetros hematológicos na predição de eventos cardiovasculares adversos em pacientes com infarto agudo do miocárdio submetidos à intervenção coronariana percutânea primária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Machado, Guilherme Pinheiro
Orientador(a): Wainstein, Marco Vugman
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/220351
Resumo: O objetivo do presente trabalho foi investigar o papel de parâmetros hematológicos, como volume plaquetário médio (VPM), razão de neutrófilos e linfócitos (NLR) e red cell distribution width (RDW), na predição de eventos adversos, em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST submetidos à intervenção coronariana percutânea primária. Este foi um estudo de coorte prospectivo realizado em hospital terciário. Foi feita análise da curva ROC (Receiver operating characteristic curve) para calcular a área sob a curva (AUC – area under the curve) para a ocorrência de mortalidade e de eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE – major adverse cardiovascular events) em curto e longo prazo. Na análise multivariada, o RDW permaneceu preditor independente de mortalidade e MACE a longo prazo [risco relativo (RR)=1,51; p=0,007 e RR=1,42; p=0,004]. As AUC para mortalidade e MACE foram de 0,65 (p<0,0001) e 0,62 (p<0,0001), respectivamente. Em relação ao NLR, permaneceu como preditor independente de MACE intra-hospitalar (RR=1,01; p=0,02), com AUC de 0,57 (p=0,03). O VPM não se manteve como preditor dos desfechos avaliados. Em conclusão, RDW elevado foi preditor independente de mortalidade e MACE a longo prazo. NLR elevada foi preditor independente de MACE intrahospitalar. Na prática clínica, o hemograma completo, incluindo a contagem de leucócitos, é realizada rotineiramente durante a hospitalização. Por serem altamente disponíveis na pratica clínica, com custo acessível e práticos, esses parâmetros podem ser mais uma ferramenta a ser utilizada à beira do leito.