Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Tavares, Marcela de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58138/tde-01122022-183514/
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Resumo: |
A quimiorresistência é um fator de intensificação de desenvolvimento de metástase durante as terapias contra o câncer. Inicia-se com um pequeno grupo de células identificadas como células-tronco tumorais (CTTs). No carcinoma oral, a população de CTTs é acumulada após a quimioterapia e modificações epigenéticas podem estar controlando esse processo. As HDACs são um grupo de enzimas desacetilases que regulam epigeneticamente a expressão gênica através da remoção de grupos acetila dos resíduos de lisina em histonas e proteínas nãohistonas. HDAC6 atua em vários processos fisiológicos, incluindo resposta ao estresse oxidativo, autofagia e resposta ao dano no DNA, e seu acúmulo está associado ao desenvolvimento de câncer e acumulo de CTTs. Este projeto teve como objetivo investigar o papel da HDAC6 na de quimiorresistência mediado pelas CTTs em carcinoma oral; avaliar a influência da HDAC6 na resposta aos danos do DNA e estresse oxidativo e sua aplicação como potencial alvo terapêutico para eliminar CTTs e reverter quimiorresistência. Foram utilizadas linhagens de carcinoma oral selvagem (CAL27 e SCC9), resistentes à cisplatina (CAL27 CisR e SCC9 CisR) e as células-tronco tumorais (CTT+) e não-tronco (CTT-) derivadas das linhagens resistentes. Identificamos aumento na expressão e concentração de HDAC6 por qPCR e Western Blot nas linhagens resistentes e nas CTTs. Determinamos por ensaio de esferas o uso de 15nM de Tubastatina A para reduzir as CTTs. Por imunofluorescência identificamos que HDAC6 desloca-se para o núcleo nas células resistentes, podendo contribuir na proteção contra danos no DNA, como observado pela expressão reduzida de phospho-H2A.X nas linhagens resistentes. Tubastatina A aumentou os níveis de phospho-H2A.X e diminuiu PRDX2 nas CTTs. O uso combinado de Tubastatina A e Cisplatina aumentou phosphoH2A.X. O estresse oxidativo foi avaliado por ensaio de EROs e as enzimas antioxidantes (PRDX2, PRDX6, TXN e SOD2) por qPCR. Ressaltamos a expressão de PRDX2 elevada em todas as amostras. Identificamos por ensaio de apoptose celular que o uso de tubastatina A induz apoptose em CisR e CTTs das nossas linhagens, e em conjunto com cisplatina, obtivemos sucesso na indução apoptótica. Tubastatina A, ainda é capaz de induzir a redução de CTTs, identificada por citometria de fluxo. Concluímos que existe uma relação entre o acúmulo de HDAC6, diferenciação celular, estresse oxidativo, danos no DNA e apoptose. Essa interação pode estar influenciando a quimiorresistência celular, e sugerimos que a inibição farmacológica de HDAC6 pode ser uma estratégia terapêutica eficaz para reduzir as células-tronco tumorais e reverter a resistência à cisplatina. |