Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Eskenazi, Ana Patricia Espaladori |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58138/tde-25102023-153449/
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Resumo: |
Os carcinomas espinocelulares de cabeça e pescoço (HNSCC) envolvem um grupo de neoplasias derivadas do epitélio da mucosa na cavidade oral, orofaringe, hipofaringe e laringe, com incidência crescente, alta prevalência e modestas taxas de melhora na sobrevida. O tratamento convencional é geralmente multimodal, consistindo de cirurgia seguido por quimioterapia à base de cisplatina e/ou radioterapia, mas apresenta falhas associadas à quimiorresistência. Resistência aos efeitos citotóxicos da droga, alterações genéticas e epigenéticas que desregulam vias de sinalização envolvidas nos mais diversos processos celulares e a heterogeneidade dos tumores são características que potencializam o mecanismo de resistência tumoral. Alterações nos padrões epigenéticos, incluindo as modificações nas caudas de histonas, como acetilação e metilação, determinam o destino celular e são críticas para a geração das células-tronco tumorais e quimiorresistência. As epi-drogas são pequenas móleculas que têm como alvo enzimas que regulam a maquinaria epigenética e são promissoras como monoterapia ou terapia combinada. Este projeto teve como objetivo explorar o uso de epi-drogas como estratégia terapêutica para a eliminação de células-tronco tumorais e reversão da quimiorresistência em tumores de cabeça e pescoço. Foram avaliadas 23 epi-drogas e 06 agentes quimioterápicos e seu efeito inibidor em três linhagens de carcinoma oral: SCC9, CAL27 e SCC25, e suas populações selvagem (WT) e resistente à Cisplatina (CisR), e suas subpopulações de células-tronco tumorais (CTT+) e células diferenciadas (CTT-). A viabilidade celular foi realizada para a seleção das epi-drogas, com resultados doseresposta mais favoráveis para 5-N-8-Q, Mocetinostat, Salermide e N-Oxalylglycine; bem como para o quimioterápico Disulfiram, que foi testado como uma alternativa ao uso da cisplatina para a terapia combinada. O acúmulo de CTT foi analisado por formação de esferas e citometria de fluxo e foi visto que houve redução na população celular tronco, tanto nos tratamentos em monoterapia, quanto em combinação com Disulfiram. Mocetinostat, Salermide e N-Oxalylglycine em monoterapia e Mocetinostat e Salermide combinados com Disulfiram reduziram o volume tumoral in vivo. Análises histológicas por HE mostraram um padrão de maior organização tecidual e a imunohistoquímica demonstrou diminuição dos marcadores de pluripotência, transição epitélio-mesênquima, agressividade e alterações nos reguladores epigenéticos, como aumento nos níveis de acetilação e metilação. A terapia combinada, Mocetinostat e Disulfiram, se mostrou a mais eficiente para eliminação de células-tronco tumorais e reversão da quimiorresistência, apontando como promissora estratégia terapêutica no combate ao carcinoma oral. |