Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Thaís de Sousa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-11062021-114012/
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Resumo: |
OBJETIVOS: Investigar e comparar alterações do volume orbitário, posição do bulbo ocular, parâmetros palpebrais, superfície ocular e qualidade de vida após descompressão orbitária inferomedial e balanceada (paredes medial e lateral profunda) em pacientes com Orbitopatia de Graves. MÉTODOS: Ensaio clínico prospectivo, randomizado e intervencionista. Quarenta e dois pacientes com OG inativa e indicação clínica foram divididos aleatoriamente em dois grupos, de acordo com a cirurgia a serem submetidos: descompressão orbitária inferomedial (DIM) ou balanceada (DB). Exoftalmometria de Hertel (EH), fotografia e tomografia computadorizada (TC) pré e pós-operatórias foram realizadas para avaliar exoftalmia, áreas total e segmentada da fenda palpebral, distâncias do reflexo pupilar às margens superior e inferior (DRM1 e DRM2), expansão orbitária e alterações da posição do bulbo ocular. Teste de Schirmer, tempo de ruptura do filme lacrimal (TRFL) e questionário ocular surface disease index (OSDI) foram realizados para avaliação da superfície ocular. O questionário de qualidade de vida GO-QoL foi realizado para avaliação subjetiva da aparência e função visual. A análise estatística foi realizada por análise de variância (ANOVA), Friedman, regressão linear multivariada e teste de Pearson. RESULTADOS: As exoftalmometrias clínica e radiológica reduziram significativamente após a descompressão nas duas técnicas (p < 0,001). A redução foi maior na DB quando comparada à DIM (p=0,017). Ocorreu descida do bulbo ocular pósoperatória (p=0,01) e expansão da capacidade volumétrica orbitária nas duas técnicas (p < 0,001). Nenhum deslocamento horizontal significativo do bulbo ocular foi observado nos dois grupos. A média do volume descompressivo da parede medial foi de 1,25 ± 0,72 cm3, semelhante à parede lateral de 1,23 ± 0,65 cm3, e ambas superiores à média da parede inferior de 0,64 ± 0,51 cm3 (p < 0,05). A correlação de Pearson foi estatisticamente significante entre a redução da EH e o volume descompressivo total (r = 0,234, p < 0,05) e o volume da parede lateral (r=0,253, p<0,05). Na análise linear multivariada, a parede lateral foi preditor significativo de redução da exoftalmia (p < 0,05). Ambos os grupos apresentaram redução semelhante nas áreas de fenda palpebral total e segmentadas, DRM1 e DRM2. Houve correlação significativa entre a redução da EH e a elevação da pálpebra inferior nas duas técnicas [DIM (r=0,363, p < 0,05) e DB (r=0,442, p < 0,05)]. A área palpebral lateral apresentou maior redução na DB (p=0,011). Os escores do OSDI, testes de Schirmer e TRFL não apresentaram diferenças após a descompressão. Os escores do GO-QoL após intervenção melhoraram apenas na DB e somente na sub-escala da aparência. CONCLUSÕES: A DIM é capaz de reduzir a exoftalmia moderada e expandir a capacidade orbitária de maneira semelhante à DB. A DB, pelo fato de incluir parede lateral, mostrou-se mais eficaz na redução da exoftalmia. A retração e o contorno palpebral superior e inferior melhoram após a descompressão, mas apenas esta última foi correlacionada com a redução da exoftalmia |