Estudo da variabilidade da frequência cardíaca durante o período de recuperação pós-exercício em pacientes hipertensos - efeito do treinamento físico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Almeida, Daniel Salvini de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-07062017-115852/
Resumo: Sabe-se que a hipertensão arterial está intimamente ligada a prejuízos no controle autonômico cardiovascular, caracterizado pelo maior predomínio do componente autonômico simpático e redução no componente autonômico vagal. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o comportamento da variabilidade da frequência cardíaca durante o período de recuperação em homens e mulheres, bem como os efeitos promovidos pela prática do exercício físico nesses indivíduos hipertensos. Para tanto, foram utilizados dados de 21 voluntários hipertensos e sedentários com média de idade de 49?9,8 anos, divididos em 2 grupos distintos, homens (n=10) e mulheres (n=11). Todos os indivíduos foram submetidos a um protocolo de treinamento físico aeróbio em esteira, 3 vezes por semana, durante 12 semanas, com duração de 45 minutos, e intensidade fixada na frequência cardíaca obtida a 5% abaixo do limiar anaeróbio respiratório obtido no teste ergoespirométrico (Protocolo de Bruce Modificado). Ao final do treinamento de 12 semanas a capacidade aeróbia (VO2pico) foi novamente avaliada. O registro para análise espectral da VFC foi realizado entre 09h00min e 10h00min da manhã, obedecendo ao seguinte protocolo; após 20 minutos em repouso na posição supina em uma maca inclinável, os voluntários foram colocados passivamente na posição inclinada a 75 graus durante mais 20 minutos. O registro da FC na posição supina e durante o tilt test foi realizado por meio do eletrocardiograma, do qual foram obtidas as séries temporais oriundas da medida do tempo entre os intervalos das ondas R-R. Para a análise estatística foi utilizada a comparação entre dois grupos, ou no mesmo grupo, antes e após, foi utilizado o teste \"t\" de Student; Quando a distribuição não era normal foram utilizados testes não-paramétricos. Na comparação entre dois grupos foi utilizado o teste de Mann-Whitney. Foram consideradas estatisticamente significantes P era menor que 5%. Os resultados mostraram que o treinamento físico aeróbio no grupo Total-pós apresentou reduções significativas da pressão arterial sistólica (PAS) e da pressão arterial média (PAM). A associação entre os sexos mostrou aumento da FC basal. Já quando comparado os sexos separadamente, também foi observado diminuição da PAS no grupo Homem-pós em relação ao grupo Homem-pré, enquanto que nas mulheres essa redução ocorreu apenas na pressão arterial diastólica (PAD). Em relação aos valores antropométricos, houve diferença estatistica apenas no parâmetro altura entre os grupos Mulheres-pré e Homens-pré. Os resultados do 6º minuto da recuperação não apresentaram diferenças estatisticamente significantes quando comparado os grupos, Total, Homens e Mulheres. Entretanto, quando se faz a associação entre os grupos Mulheres-pós e Homens-pós, foi observado uma redução da banda de LF(ms2). Apesar do HF(ms2), também ter tendido a diminuir, não houve relação estatística. Em relação a avaliação por meio da análise simbólica, os resultados mostraram redução nos valores de 2LV no grupo Mulheres-pós. A análise dos resultados do 6º ao 12º min no grupo Total não mostraram diferenças significantes em nenhum parâmetro analisado. Da mesma forma, quando comparamos os sexos separadamente, também não observamos diferenças estatisticamente significantes entre eles. Já quando analisamos os valores da análise simbólica, também não observamos diferenças no grupo Total tanto pré quanto pós treinamento. Ao verificar os resultados obtidos no grupo Homens-pós houve aumento do 0V em relação ao grupo Homens-pré. Os resultados inter grupos também mostraram aumento dos parâmetros 0V e 0V/2V no grupo mulheres-pré quando comparado ao grupos Homens-pré. Diferentemente, os valores de 1V, 2LV e 2V apresentaram reduções significativas também no grupo Mulheres-pré em relação ao grupo Homens-pré. Os resultados no 12º min do grupo Total pré e pós não apresentaram diferença na analise espectral entre eles. Entretanto, quando comparamos inter grupos, o grupo Mulheres-pós apresentou uma redeução da banda de LF (ms2) quando comparado ao grupo Homem-pós, já os demais parâmetros não foram diferentes.Para os valores da análise simbólica observamos apenas diminuição do parâmetro 2LV no grupos Mulheres-pós quando comparado ao grupo Homens-pós. Os demais resultados não apresentaram reduções significantes. Assim, concluimos que o treinamento físico aeróbio promoveu a redução dos parâmetros hemodinâmicos nos grupos analisados. Além disso, embora observamos que a FC de recuperação foi semelhante entre os grupos, a VFC na recuperação no 6 e no 12º minutos apresentou maior recuperação no grupo das mulheres