Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Marko, Gabriela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-04122018-182319/
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Resumo: |
No campo do ensino de ciências, nas últimas décadas, reflexões teóricas e atividades práticas vêm sendo desenvolvidas a fim de incorporar a abordagem da História, Filosofia e Sociologia das Ciências em currículos, metodologias de ensino, materiais didáticos e programas de formação de professores. Essas discussões, mais presentes nas licenciaturas, pouco aparecem na graduação de pedagogo(a)s, responsáveis pela educação no Ensino Fundamental I e mediadores de diversos conhecimentos, nas variadas áreas. Esta investigação pretende contribuir com esta lacuna e tem como objetivo destacar o processo de construção de concepções mais complexas e dinâmicas de ciência e educação que se desenvolveu ao longo da disciplina de História da Ciência, oferecida em 2017 na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo para alunos da pedagogia e para estudantes de outros cursos de licenciatura. Trata-se do entrelaçamento entre referenciais teóricos acerca da história da ciência, de ensino e de formação de professores e o estudo de caso empírico, por meio das percepções dos estudantes e da mediação da professora. Verificou-se o reconhecimento, por parte dos próprios educadores em formação, de contribuições dos debates e recursos didáticos desenvolvidos por eles para uma compreensão mais ampla e aprofundada da ciência. Pela concepção de ciência e sua historicidade, os alunos identificaram o caráter histórico do conhecimento, ou seja, reconheceram a importância do tempo, em suas diversas escalas, e do espaço como elementos fundamentais no contorno das construções científicas. Mais uma concepção elaborada nesse percurso aponta o atrelamento entre ciência e a sociedade, contemplando suas esferas social, política, econômica, cultural, ideológica, permeado por controvérsias, disputas e negociações, admitindo o caráter de credibilidade ao invés da ideia de verdade das asserções científicas. Além disso, conceber a ciência como cultura favoreceu o reconhecimento das práticas, técnicas e registros como atividades científicas, superando a imagem de ciência como uma atividade teórica e dogmática. Nesse processo, os professores em formação produziram associações com o ensino dos conteúdos científicos e escolares. Também elaboraram analogias com os fundamentos da educação, de maneira mais ampla. Essas relações entre história da ciência e atividade docente ocorreu tanto no cenário teórico, por meio de reflexões e discussões, como em atividades práticas: elaboração de dinâmicas e materiais didáticos. Isso favoreceu sua formação enquanto sujeitos críticos, emancipados e reverbera diretamente sobre suas práticas docentes. |