Qualidade pós-colheita de cereja-do-rio-grande (Eugenia involucrata DC.): caracterização de acessos e estádios de maturação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Antonia, Barbara Della
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-14082020-121147/
Resumo: A cerejeira-do-rio-grande (Eugenia involucrata DC.), espécie pertencente a família das mirtáceas, é originária do Brasil e nativa do bioma Mata Atlântica. Apresenta frutos com coloração vermelho-escura, sabor adocicado e alto teor de compostos bioativos. Assim como outras mirtáceas nativas, apresenta potencialidades nutricionais e funcionais. No entanto, estudos acerca da variabilidade fenotípica e do comportamento pós-colheita da cereja-do-rio-grande se fazem necessários para que essa frutífera possa ser explorada comercialmente. O objetivo deste trabalho foi caracterizar cerejas-do-rio-grande de diferentes acessos e determinar o ponto de colheita dos frutos. Para a caracterização de acessos, frutos provenientes de 46 acessos de cereja-do-rio-grande foram analisados quanto às características físico-químicas, compostos bioativos e capacidade antioxidante. Foi observado que os frutos possuíam de 1 a 2 sementes por fruto; rendimento de polpa em média de 84,30%; e valores de ratio em média de 11,43. Elevadas concentrações de compostos bioativos e alta capacidade antioxidante foram observadas para os acessos de cereja-do-rio-grande. Para a caracterização da maturação foram colhidos frutos em três estádios, determinados de acordo com a coloração externa, e armazenados a 22ºC ± 1ºC. Os frutos foram analisados diariamente quanto à atividade respiratória e produção de etileno. Análises físico-químicas, de compostos bioativos e capacidade antioxidante foram realizadas no primeiro e no último dia de vida útil do fruto, que variou de acordo com o estádio de maturação em que foram colhidos. Frutos colhidos nos estádios 1 e 2 apresentaram alterações nas características analisadas, no entanto, não atingiram qualidade semelhante àquela apresentada pelos frutos colhidos no estádio mais avançado - estádio 3. Durante o armazenamento, observou-se alterações na atividade respiratória e na produção de etileno somente para os frutos dos estádios 1 e 2, enquanto frutos do estádio 3 não apresentaram alterações. Frutos coletados no estádio 3 de maturação tiveram vida útil pós-colheita com duração de 2 dias. Os resultados indicaram que a cereja-do-rio-grande é um fruto rico em compostos nutracêuticos, com destaque para o acesso CE027, e que o ponto de colheita adequado é o estádio 3 de maturação. A cereja-do-rio-grande possui grande potencial de uso, não somente para fins alimentícios, como também para a indústria farmacêutica e cosmética.