Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Franco, Jessica Vaz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-30102024-175626/
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Resumo: |
Introdução: Os ambientes alimentares estão ganhando atenção nacional e internacional como importantes determinantes do consumo alimentar da população. As estações do metrô são locais onde as oportunidades de compra de alimentos prontos para o consumo vêm aumentando, o que pode oferecer vantagem ao consumidor em relação ao tempo da metrópole. Porém, neste ambiente público, onde diariamente circulam cerca de 4 milhões de pessoas, é priorizada a venda de alimentos não saudáveis a preços baixos, o que pode influenciar de forma negativa a alimentação dos usuários deste serviço público. Objetivo: Identificar e analisar a percepção e as ideias de usuários do sistema de transporte metroviário de São Paulo, de representantes de organizações da sociedade civil e de representantes do governo estadual de São Paulo sobre o ambiente alimentar das estações e sobre possíveis intervenções regulatórias direcionadas ao ambiente alimentar das estações de metrô da cidade de São Paulo. Material e Método: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa que teve como foco as estações de metrô da cidade de São Paulo. A coleta de dados foi realizada com membros de organizações da sociedade civil por meio de entrevistas individuais semiestruturadas (entre o segundo semestre de 2020 e o primeiro semestre de 2021), seguida de grupos focais com usuários do metrô (em 2021) e finalizada por entrevistas individuais semiestruturadas com os representantes de setores do governo (primeiro semestre de 2022). Os materiais das entrevistas individuais e grupos focais - gravações em áudio e anotações - foram transcritos e digitados. Após o mapeamento de tudo que foi obtido no trabalho de campo, foi realizada a análise de conteúdo temática. Resultados e Discussão: Os participantes descreveram problemas que indicam a necessidade de mudanças como: a alta exposição a alimentos ultraprocessados (atrelados com a influência do marketing e preços acessíveis), a falta de opções de alimentos saudáveis e a ausência de políticas de alimentação e nutrição asseguradas pelo Estado no metrô. A partir disso, foram levantadas ideias que, na visão deles, solucionariam os problemas apontados e trariam benefícios a toda população. Entre essas, podem ser destacadas: maior disponibilidade de alimentos saudáveis que também garanta a praticidade no consumo e que seja associada com políticas de abastecimento, regulação do marketing de alimentos não saudáveis e ações educativas sobre alimentação adequada e saudável - a fim de estimular a prática autônoma e voluntária de hábitos alimentares saudáveis. Considerações finais: A construção de ambientes alimentares saudáveis está diretamente ligada às políticas regulatórias que são fundamentais para a proteção da saúde da população. A implementação dessas políticas, que garantem a SAN, envolve a articulação entre diferentes setores e suas ações como agricultura, saúde, educação, meio ambiente, planejamento, entre outros. Através desta pesquisa, foram apontados alguns dos problemas no ambiente alimentar em questão e as possíveis soluções a serem aplicadas, mas dependerá da forma como os dados serão interpretados e acatados pelo Governo do Estado de São Paulo, para que os fatos ganhem notoriedade no processo decisório de definições das intervenções a serem ou não implementadas. |