Levantamento dos fatores determinantes da estrutura de capital das empresas brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Santos, Carolina Macagnani dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96132/tde-24012007-112641/
Resumo: As empresas podem financiar suas atividades por meio da utilização de recursos próprios e de terceiros, que juntos, formam a sua estrutura de capital. Na literatura financeira, o estudo sobre a estrutura de capital teve como marco a publicação do trabalho de Modigliani e Miller (1958), e desde então, vem sendo amplamente debatido no meio acadêmico. Todavia, pouco se concluiu a respeito dos fatores que determinam a estrutura de capital das organizações. O presente trabalho, procurou, por meio da aplicação de questionários em uma população composta por 356 empresas brasileiras de capital aberto, investigar os fatores que são determinantes na escolha das fontes de recursos de longo prazo utilizadas pelas organizações. Os questionários foram enviados para os e-mails do departamento de Relações com Investidores e da população, resultou uma amostra composta por 40 empresas que responderam os questionários. Tal amostra foi classificada como não-probabilística, o que impede que seus resultados sejam generalizados à população. Os setores de utilidade pública, materiais básicos e consumo cíclico foram responsáveis, juntos, por 63% do total de questionários respondidos. Diferente do que se esperava em relação à teoria mais utilizada pelas organizações na definição da estrutura de capital, o oportunismo foi considerado apenas por 13% das empresas, enquanto que a adoção de uma estrutura meta de capital foi a opção de metade da amostra. A teoria da hierarquia de fontes de recursos foi a escolha de 28% das empresas analisadas. Quanto aos motivos que levam as empresas a não utilizar o mercado de capitais, a não necessidade de captação de altos volumes, a excessiva burocracia e os elevados custos operacionais foram os considerados mais importantes pelas empresas analisadas. Por outro lado, esse mercado foi considerado uma fonte de recursos com custos atraentes (sendo o principal motivo da utilização do mercado de capitais para 25% das empresas). Estratégia de crescimento e/ou valorização da empresa, bem como maior visibilidade no mercado financeiro, também justificam a utilização do mercado de capitais pelas empresas pesquisadas. Os custos de transação foram considerados o fator que mais afeta a formação da estrutura de capital por 23% das empresas da amostra, o que é condizente com a importância dos juros na escolha das fontes de recursos. Flexibilidade financeira foi a segunda opção de 15% das empresas; rating e benefícios fiscais da dívida foram considerados a terceira opção para 13% das companhias da amostra. Percebeu-se que alguns resultados obtidos foram condizentes com as expectativas, outros não. A limitação do presente trabalho encontra-se na quantidade de empresas que compuseram a amostra, ficando como principal sugestão para trabalhos futuros, uma forma de aplicação de questionários mais abrangente.