A adoção completa do IFRS e seus impactos no custo de capital próprio, calculados a partir de modelos de custo implícito de capital 

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Gasparini, Victor Martins Ricardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-21072015-102627/
Resumo: Um dos reflexos esperados pela utilização da contabilidade está em uma menor assimetria informacional entre as partes, sendo capaz de afetar a performance econômica das empresas, reduzindo o custo de capital próprio das mesmas (BUSHMAN; SMITH, 2001). À vista disso, ganhos na qualidade da informação emanada pela contabilidade teriam o poder de influenciar o custo do capital próprio, diminuindo-o e elevando a performance das firmas. Com intuito de auferir tais ganhos, foi criado o International Accounting Standards Board - IASB que passou a emitir normas denominadas International Financial Reporting Standards - IFRS que, por sua vez, delimitaram uma série de medidas a serem seguidas, buscando harmonizar as práticas contábeis sob um único pilar. Entretanto, a adoção das IFRS não está desprendida das forças do mercado de capitais e da qualidade do enforcement do país adotante, não havendo uma correlação clara entre a convergência contábil e o acréscimo de qualidade. Consequentemente, o impacto da sua adoção perante a performance econômica e o custo de capital próprio também é divergente. O presente trabalho tem o intuito de avaliar os impactos sobre o custo de capital próprio das empresas brasileiras de capital aberto em função da convergência, averiguando o comportamento da taxa. Ademais, busca-se aplicar quatro metodologias de estimativa do custo de capital próprio: Ohlson Juettner-Nauroth (2005), Easton (2004), Claus e Thomas (2001) e Gebhardt, Lee e Swaminathan (2001) e confrontá-las na avaliação do impacto da adoção do IFRS no Brasil. Os resultados indicam uma redução do custo de capital próprio em três pontos base perante o modelo de Easton (2004), mas resultados não significantes para os modelos de Gebhardt, Lee e Swaminathan (2001) e Ohlson Juettner-Nauroth (2005), sendo o modelo de Claus e Thomas (2001) excluído da análise por dados insuficientes. Tais pontos predizem a necessidade de aprofundamento das pesquisas com modelos de custo implícito e ressalva se a adoção internacional foi realmente eficiente frente aos incentivos e o enforcement vigente no país.