Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Salgado, Gisele Cristina Ganzella |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17157/tde-16102023-115947/
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Resumo: |
O número de trabalhadores de saúde infectados pelo SARS-Cov-2 na pandemia de COVID-19 no Brasil e que tiveram afastamento do trabalho foi expressivo e preocupante considerando que essa força de trabalho teve um papel crucial para a garantia de acesso da população aos cuidados à saúde durante essa terrível crise sanitária. Assim, este estudo buscou contribuir para o entendimento dos impactos causados pela pandemia de COVID-19 nos serviços de saúde considerando como indicador o absenteísmo-doença. O estudo teve por objetivo comparar o perfil do absenteísmo-doença de profissionais de saúde no período pré-pandemia e durante a pandemia de COVID-19 em três unidades hospitalares. Trata-se de um estudo regional, multicêntrico, observacional, longitudinal retrospectivo, tipo quase-experimental com análise documental que avaliou o impacto da pandemia de COVID-19 sobre o perfil de afastamentos do trabalho em três hospitais da Rede Regional de Atenção à Saúde 13 do Estado de São Paulo. O levantamento para obtenção dos dados foi referente ao período pré-pandemia (2019) e pandemia (2020), entre os meses de abril a dezembro. Tomou-se como fonte de informação os relatórios gerenciais de recursos humanos da Fundação que gerencia as unidades sobre os afastamentos do trabalho devido a emissão de atestado médico. A taxa total de absenteísmo em 2020, período de pandemia, foi maior (5,78%) quando comparada com o ano de 2019 (3,27%), período pré-pandemia (p<0,001). Na pandemia identificou-se a redução no número de afastamentos no trabalho de mulheres, de 88,5% para 76,9% (p<0,001) e aumento do tempo de afastamento por colaborador, passando de 6,89 dias não trabalhados em 2019 para 12,67 em 2020 (p<0,001), não houve diferenças estatísticas significativas na idade, tempo no cargo, média da duração dos afastamentos em dias, tampouco elevação dos afastamentos nas equipes assistenciais. Ocorreu aumento significativo da ocorrência de afastamentos atribuídos aos capítulos relacionados a doenças infecciosas e do aparelho respiratório (p<0,05), entretanto os capítulos relacionados a transtornos mentais e comportamentais, doenças do aparelho circulatório e osteomuscular e do tecido conjuntivo, não apresentaram variação significativa. Pode-se concluir que a pandemia de COVID-19 contribuiu significativamente para a elevação do absenteísmo-doença nas equipes assistenciais e de apoio dos hospitais avaliados. |