Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Piccirillo, Debora |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-21112023-195430/
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Resumo: |
vvAs pesquisas nacionais e internacionais destacam diferentes elementos importantes para a construção de uma relação positiva entre público e instituições legais, como a forma de tratamento dispensada pelas autoridades aos cidadãos e os tipos de interações entre esses grupos. O campo de estudos da socialização legal busca compreender como os cidadãos mais jovens, crianças e adolescentes, passam a desenvolver suas opiniões acerca do mundo legal, ressaltando a adolescência como período especialmente importante para o desenvolvimento de crenças e valores alinhados ou não à ordem normativa. Entretanto, poucos estudos na área se debruçam sobre processos de subjetivação que podem influenciar a formação de opiniões dos(as) adolescentes e a forma como interpretam as interações com as autoridades legais. O objetivo da presente dissertação foi explorar o papel do gênero na forma como os e as adolescentes se posicionam frente à instituição policial. Partindo da pesquisa Estudo de Socialização Legal em São Paulo, do NEV-USP, foram realizados dois estudos qualitativos com adolescentes de São Paulo, buscando explorar suas visões sobre gênero e polícia. Ao analisar as narrativas dos(as) adolescentes, foi possível perceber certa naturalização do gênero masculino no que diz respeito à atuação policial, especialmente à abordagem policial. De outro lado, as adolescentes demonstraram maior receio em interagir com a polícia e o sentimento de vergonha ao serem abordadas. As adolescentes também revelaram maior crítica aos aspectos mais masculinizados da instituição policial, como o recurso à violência física e as demonstrações de virilidade. As entrevistas também apontaram como o tema do racismo na ação policial está presente entre o público adolescente, e a expectativa de que a polícia, em uma sociedade democrática, precisa respeitar a todos igualmente, sendo considerado inaceitável um tratamento discriminatório. Os estudos conduzidos evidenciam a importância de um olhar atento para o modo como policiais tratam os e as adolescentes no dia a dia, mas também como diferentes experiências socializadoras ajudam a informar os e as adolescentes à respeito da polícia. |