Treinamento policial: um meio de difusão de políticas públicas que incidem na conduta indivudual do policial de rua

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Pinc, Tânia Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-04102011-085036/
Resumo: Esta tese avalia o impacto do treinamento no desempenho individual, durante a abordagem, analisando a capacidade de um grupo de policiais militares seguir procedimentos operacionais padrão (POP), após o treinamento. Em 2002, a Polícia Militar do Estado de São Paulo criou o SISUPA Sistema de Supervisão e Padronização uma política que padroniza procedimentos operacionais e sistematiza a supervisão e treinamento dos policiais de rua. Desempenhar as tarefas cotidianas de maneira coerente com os procedimentos padronizados pode diminuir tanto o grau de exposição ao risco do policial, como a possibilidade de prática abusiva. Em pesquisa realizada anteriormente constatamos a tendência do policial não seguir os POP de abordagem (PINC, 2007a). Entendemos que esse resultado estava relacionado a ausência de treinamento. Neste sentido, a hipótese central desta pesquisa sustenta que o treinamento aproxima o comportamento individual do policial, durante as abordagens, do padrão estabelecido pela polícia. Para testar esta hipótese realizamos um quase experimento com dois grupos não-equivalentes. Os grupos foram observados por meio da técnica da observação social sistemática (OSS), que registrou as imagens do desempenho dos policiais realizando abordagens sem que soubessem que estavam sendo observados. Como instrumento de avaliação do desempenho, usamos um questionário para buscar identificar a presença de quatorze procedimentos padronizados, em cada uma das 199 abordagens selecionadas na amostra. O treinamento de 60 horas foi aplicado a apenas um dos grupos, entre a primeira e a segunda etapa da OSS. A análise de regressão empregou o modelo estatístico do Difference-in-Difference. Os resultados indicam que o treinamento não atingiu o objetivo de mudar comportamento. Por fim, entendemos que esse resultado está relacionado, principalmente, à metodologia empregada no treinamento.