Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bernegossi, Aline Christine |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18138/tde-23052019-104725/
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Resumo: |
A cafeína está presente no cotidiano humano desde o tradicional café até como constituinte de medicamentos, estimulantes, chás, chocolate entre outros produtos alimentícios. Essa substância é considerada um contaminante orgânico emergente provindo de águas residuárias não tratadas. Sua presença nos corpos hídricos vem sendo documentada em baixas concentrações, desde ηg.L-1 até µg.L-1 e os efeitos dessas concentrações nos organismos aquáticos ainda não foram efetivamente investigados. Com o objetivo de avaliar os efeitos tóxicos da cafeína em concentrações comumentemente encontradas em corpos hídricos, foram realizados testes de ecotoxicidade aguda e crônica com os organismos-teste Chironomus sancticaroli e Daphnia magna e intergeracional com C. sancticaroli, com enfoque em respostas biológicas de mortalidade, imobilidade, crescimento, desenvolvimento e reprodução. Como resultado, a cafeína não apresentou toxicidade aguda no teste de curta duração realizado para D. magna e C. sancticaroli. Foi observado efeito de toxicidade crônica da cafeína, havendo interferência no desenvolvimento das larvas de Chironomus principalmente na concentração de 200 µg.L-1 e no crescimento e reprodução de D. magna, na qual foi observada indução na produção de neonatos e desaceleração para o desenvolvimento do organismo (retardo no processo de ecdise). No teste intergeracional, foram observadas mudanças nos padrões de desenvolvimento larval. Os resultados demonstram que a cafeína, em concentrações ambientalmente detectadas, pode causar pequenas alterações no ciclo de vida dos organismos, como por exemplo, alterações no tamanho das asas das fêmeas e no comprimento do corpo das larvas de C. sancticaroli. Recomendam-se o uso de técnicas biomoleculares para avaliar as respostas metabólicas dos organismos quando exposto à cafeína em baixas concentrações. |