Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Martins, Gabriel Loureiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39135/tde-21122022-180012/
|
Resumo: |
A cafeína é um dos suplementos mais estudados no mundo, tendo grande popularidade no campo da nutrição esportiva. Atualmente, estudos relatam que existe uma grande variação na alteração do desempenho aeróbico pela administração de cafeína, indicando que o consumo agudo de cafeína pode induzir desde efeitos ergogênicos substanciais até perda de desempenho (efeitos ergolíticos). Isso acontece tanto por administração entre testes de contrarrelógio ( -3 % até +16%) quanto pela administração em protocolos que envolvem tempo aeróbico até a exaustão ( -4 até +51%). Tendo em vista que a eficácia da cafeína ocorre entre amplas dosagens (2-9mg.kg-1), o objetivo desta revisão é investigar os efeitos de doses baixas (3mg.kg-1), moderadas (3,1-6mg.kg-1) e altas (>6mg.kg-1) de cafeína no desempenho de testes contrarrelógio e, também, para testes aeróbicos até a exaustão. Realizamos uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos (controlados e randomizados) que compararam o efeito da intervenção com diferentes doses de cafeína anidra em testes de desempenho aeróbico realizados. Usamos o modelo de efeitos aleatórios para investigar as variações das intervenções realizadas pela ingestão de cafeína tanto entre testes de performance contrarrelógio quanto entre testes de tempo até a exaustão nesta presente meta-análise. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada pela escala PEDRO. Quarenta e nove estudos envolvendo testes de contrarrelógio (N=728) e vinte e um estudos envolvendo testes até a exaustão (N=210) atenderam aos critérios de inclusão pré-estabelecidos. Em resumo, nossos resultados indicam que a administração de doses baixas e moderadas de cafeína são eficazes na redução do tempo gasto em testes de contrarrelógio, quando comparados ao mesmo teste realizado em condições de placebo (Efeito do tamanho médio [ETM] em doses baixas = - 0,273 ± 0,084; Intervalo de confiança de 95% [IC95%]: -0,44 a -0,11; p=0,001 vs. Efeito do tamanho médio [ETM] dosagens moderadas = -0,509 ± 0,123; Intervalo de confiança de 95% [IC95 %]: -0,75 a -0,27; p=0,0001). Além disso, o estudo mostrou que o uso de doses moderadas e altas de cafeína teve efeito positivo no aumento da tolerância do teste à exaustão de maneira dose-dependente (ETM em doses moderadas = 0,849 ± 0,167; IC95%: 0,52 a 1,18; p =0,00001 vs. ETM altas dosagens = 1,493 ± 0,278; IC95%: 0,95 a 2,04; p=0,00001) e em maior proporção que os efeitos ergogênicos da cafeína em testes de contrarrelógio. No geral, a cafeína tem efeitos ergogênicos semelhantes em testes de contrarrelógio usando doses baixas e moderadas. Além disso, a cafeína tem tamanhos de efeito maiores entre os protocolos de exercício até a exaustão, com maior destaque com o uso de dosagens mais altas |