Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Thomé, Andréa Cristine Mesquita Bergamasco |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-22102013-152939/
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Resumo: |
A temática da ampliação do ensino fundamental de oito para nove anos, em obediência à legislação em vigor - Lei n. 11.114/ 2005 e Lei n. 11.274/2006 -, vem produzindo debates e posições antagônicas frente à obrigatoriedade da inserção da criança de seis anos no ensino fundamental. O presente estudo, de caráter qualitativo, defende a necessidade de se compreender, na concretude da implementação dessa proposta, quais as dificuldades enfrentadas, algumas soluções buscadas e aprendizados construídos pelos envolvidos nessa ampliação. A investigação toma como base a realidade de uma rede de ensino de um município em processo de implantação do ensino fundamental de nove anos. Utilizou-se como fonte principal de material empírico entrevistas semiestruturadas realizadas com cada participante no início, no meio e no final do ano letivo. Os participantes são: a supervisora da secretaria municipal de educação; profissionais das três escolas do município - uma coordenadora e uma professora de primeiro ano de cada escola. O referencial teórico-metodológico do trabalho orienta-se pelos pressupostos da perspectiva da Rede de Significações. O processo de análise seguiu a redação orientada por sete eixos: 1-Condições oferecidas; 2- O sujeito do ensino fundamental de nove anos: a criança de seis anos; 3- Currículo; 4- Material didático adotado/centralidade na alfabetização; 5- Acompanhamento e formação; 6- Avaliação da ampliação/Adaptação?; 7- Aprendizados construídos. As falas das participantes são entendidas como um meio de se compreender os sentidos e significações que foram sendo construídos ao longo do ano no processo de implantação da nova política educacional. Encontramos nas falas das participantes o despreparo dos envolvidos - gestores, professores e funcionários - e a ausência de organização prévia para receber a criança de seis anos, o que gerou dificuldades de várias ordens: de infra-estrutura; na organização de tempos e espaços escolares; no processo de acompanhamento e avaliação do trabalho; na ação pedagógica das professoras. Essas dificuldades levaram o município estudado a adotar um material didático terceirizado, caracterizando para a rede e seus profissioanais uma novidade adicional. Apesar das dificuldades, são afirmadas importantes aprendizagens que foram sendo construídas nas relações vivenciadas com as crianças que trouxeram ritmos e demandas específicas. Essas especificidades impactaram concepções e sentidos das participantes entrevistadas. Os aprendizados construídos nesse processo podem ser apoio a novas experiências e contribuir para importantes reflexões envolvendo a extensão do ensino fundamental para nove anos e a consequente inserção da criança de seis anos nesse nível educacional, bem como pontos de discussão de outras reformas que, certamente, virão. |