Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Barroso, Vinicius de Morais |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-15092023-110730/
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Resumo: |
Novas moléculas antifúngicas estão sendo pesquisadas, abordando novos alvos e mecanismos de ação. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo avaliar a atividade antifúngica, os efeitos morfofisiológicos e moleculares dos derivados de 2-ariloxazolinas (4i e 9i) e miltefosina (MFS) sobre Candida spp. O crescimento de 73 isolados de Candida spp. foi inibido pelos compostos 4i e 9i em concentrações inibitórias mínimas (CIM) 2 μg/mL acumulando leveduras em brotamento. Embora esses compostos não tenham inibido a atividade metabólica em Candida spp., eles conseguiram inibir até 50% da biomassa total dos biofilmes de Candida albicans nas primeiras 12h. Além disso, 4i e 9i inibiram a atividade da proteinase e fosfolipase de C. albicans. No ensaio in vivo no modelo Galleria mellonella, 4i (100 mg/kg) não demonstrou toxicidade, contudo não apresentou efeito antifúngico nas doses testadas (20-40 mg/kg). Interessantemente, os compostos 4i e 9i reduziram a formação de hifas em C. albicans e inibiram totalmente a filamentação de C. tropicalis em meio RPMI, Lee e Spider. No ensaio de expressão gênica, alguns genes foram regulados negativamente após o tratamento das leveduras com o composto 4i, principalmente as adesinas (HWP1 e ALS3), candidalisina (ECE1), fatores de transcrição TEC1, EFG1 e CEK1. Devido a regulação negativa dos alvos Efg1 e Tec1, pertencentes a via do cAMP e a regulação negativa do Cek1, pertencente da via MAPK, nas células tratadas, sugerimos que o composto 4i está inibindo a morfogênese pela inibição destas duas vias resultando na redução da expressão dos genes expressos durante a filamentação. A MFS inibiu o crescimento de todos os isolados de C. albicans, incluindo as cepas resistentes ao fluconazol (CIM=1-2 μg/mL), e também apresentou efeito fungicida. Em valores de CIM e 2xCIM a MFS inibe significativamente a adesão de até 50%. A MFS inibiu o crescimento fúngica e a formação de hifas em todos os meios indutores utilizados (RPMI, Spider (sólido e líquido), Lee e SM-GlcNAc). Além disso, todos os isolados tiveram os seus biofilmes inibidos em ambas as fases de desenvolvimento, na formação dos biofilmes (4-8 μg/mL) e no biofilme maduro (16-32 μg/mL). Na expressão dos genes de virulência em C. albicans, observamos a regulação negativa dos genes da via cAMP (RAS1, CYR1, EFG1 e TEC1) e na MAPK (CEK1), além da regulação negativa nos genes para as adesinas (HWP1 e ALS3) e candidalisina (ECE1). Concluímos que a os derivados 2-ariloxazolinas (4i e 9i) e a MFS tem forte potencial como agentes antifúngicos contra C. albicans e outras espécies. Além disso, estes compostos inibem a morfogênese de C. lbicans e/ou C. tropicalis resultando na inibição de outros fatores de virulência associado ao processo de filamentação, regulando negativamente as vias cAMP e MAPK. |