Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Kawaminami, André Shinity |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-21112023-192007/
|
Resumo: |
O ofício de esposa divina de Amon, criado no início do Reino Novo e encerrado durante a conquista persa do Egito (c. 1550-525 a.C.), era ocupado por mulheres da realeza e foi muito importante nas dinâmicas políticas, religiosas, econômicas e sociais do Egito Antigo. Dentre as principais funções de suas ocupantes estavam a realização de rituais aos deuses, assim como o comando de uma instituição própria que contava com servidores, bens e terras. Para a sucessão no ofício, o rei escolhia uma herdeira ao título, que assumia a posição apenas após a morte da esposa divina em exercício. Nas representações que temos das esposas de Amon, é comum a presença de adaptações de símbolos e textos que eram prerrogativas dos reis egípcios, assim como uma posição de destaque das consortes divinas levando em consideração o cânone artístico egípcio. Essas excepcionalidades foram muitas vezes interpretadas pelos egiptólogos apenas como uma concessão dos faraós à essas mulheres enquanto suas representantes no Alto Egito, inseridas no topo da hierarquia do sacerdócio de Amon – instituição significativa para os interesses dos reis na coesão e unificação do reino. Nesse sentido, as adoradoras divinas foram compreendidas essencialmente como instrumentos da realeza, deixando de lado os interesses dessas sacerdotisas nas diferentes dinâmicas egípcias a partir de suas fontes. O objetivo desta dissertação é discutir como foram constituídas as representações das esposas divinas e suas relações com outros sujeitos a partir de sua produção material, para que, assim, possamos examinar sua agência para além de uma função de suporte ao poder faraônico e os interesses dessas sacerdotisas. Entendendo o parentesco como um processo relacional, analisaremos como os laços das consortes de Amon com diferentes grupos foram mobilizados em suas representações em relevos iconográficos da região de Tebas (especificamente em Karnak, Medinet Habu e Naga Malgata), no período dos séculos XII-VI a.C. |