Estudo da espectroscopia de fluorescência a laser em fígados de ratos com isquemia hipotérmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Tsuge, Allison Takeo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-08022024-122724/
Resumo: Introdução: Após hepatectomia parcial, o fígado remanescente apresenta resposta regenerativa, mantendo relação percentual com o hospedeiro. Não há dados precisos na literatura sobre viabilidade hepática após injúria tecidual durante preservação hipotérmica. A espectroscopia pode fornecer informações sobre tecidos por sua capacidade de mensurar a fluorescência, desde que haja estimulação adequada. Técnicas de espectroscopia têm sido investigadas como novos métodos para estudo e análise de parâmetros teciduais. Objetivo: Avaliar, em modelo experimental, a aplicabilidade da espectroscopia de fluorescência a laser no tecido hepático proveniente de hepatectomias, utilizando-se a proliferação celular (avaliada através de imunohistoquímica de Ki67) como controle. Objetivos secundários, comprovar, através desta técnica, a viabilidade do tecido hepático após 24h de hepatectomia parcial, em condições hipotérmicas. Analisar a regeneração do fígado remanescente após 24 horas de hepatectomia parcial. Verificar se irradiação com laser 660 nm aumenta a regeneração destes fígados. Métodos: 56 ratos Wistar foram divididos em quatro grupos de 14 animais: FTNP (fígado total não perfundido); FTP (fígado total perfundido); HPS (hepatectomia parcial a 70% in situ) e HPP (hepatectomia parcial a 70% perfundido ex situ). O tempo para estas análises teciduais foi de 0 e 24 horas. A perfusão hepática foi realizada com 250 ml de solução de preservação estática SPS-1. Em metade dos animais de cada grupo foi aplicado laser 660 nm. Foram realizadas análises utilizando-se um espectrofotômetro montado com dispositivos de laser emitindo comprimentos de onda em 405 nm e em 532 nm como fontes de excitação para captação de fluorescência. Para cada um foram realizadas quatro medidas do lobo lateral esquerdo. Feita a análise do tempo 0h (T0), sendo que nos grupos onde houve perfusão com SPS-1, esta leitura ocorreu imediatamente após a perfusão, e antes da aplicação de laser 660 nm. Nova leitura após 24 horas (T24). Em cada grupo de 14 animais, 7 tiveram o fígado irradiado com laser 660 nm em T0. Para a imunohistoquímica foi utilizado o anticorpo primário anti-Ki67. Análise e quantificação foram realizadas no microscópio óptico pela contagem do número de células imunomarcadas na objetiva de 40x (média 20 campos). Resultados: as análises de espectroscopia mostram a emissão de moléculas NADH, FAD e porfirinas, que emitem fluorescência nos comprimentos de onda de 464 nm, 535 nm e 630-690 nm, respectivamente. Os resultados de Ki67 inferem um aumento discreto (p=0,02) do marcador no subgrupo HPS com laser 660 nm, porém houve uma diminuição da regeneração hepática no subgrupo com laser 660 nm no grupo HPP. Conclusão: inferimos que a espectrometria de fluorescência pode ser utilizada para a análise de características da atividade e viabilidade celular em tempo real. Também inferimos presença de atividade metabólica nas amostras preservadas hipotermicamente (após 24h da hepatectomia parcial), mesmo em condições adversas à regeneração. Quando associados fatores hepatotróficos à injúria tecidual, o laser (660 nm) fornecido ao tecido hepático aumentou a atividade metabólica (processo regenerativo). Em condições hipotérmicas, sem fatores hepatotróficos ou injúria tecidual, o fornecimento de laser 660 nm ao tecido hepático não incrementou a atividade metabólica do mesmo.