"Perfusão hipotérmica in situ versus exclusão vascular total do fígado para ressecções hepáticas complexas"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Eshkenazy, Rony
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5154/tde-16022006-215151/
Resumo: Os resultados sobre o tempo adequado da exclusão vascular total do fígado(EVTF) para a realização de hepatectomias continuam sendo discutidos. Dados favoráveis têm sido descritos, quando se associa a EVTF com a perfusão de solução hipotérmica, porém a comparação entre estas técnicas ainda não foi descrita. Este estudo tem como objetivo comparar os resultados da ressecção hepática com EVTF, realizada sob hipotermia(solução de preservação hipotérmica in situ), com aqueles obtidos quando se realiza esta ressecção com EVTF com tempo de isquemia menor que 60 minutos, e naqueles com tempo de isquemia maior ou igual a 60 minutos. Para tanto, foram analisados, como parâmetros, a função renal e hepática, morbidade, e mortalidade pós-operatórias nos três grupos mencionados,buscando-se determinar valores preditivos para indicação das técnicas. PACIENTES E MÉTODO. Foram estudados 81 pacientes submetidos à ressecção hepática. Estes pacientes foram divididos em três grupos. Trinta e quatro pacientes com EVTF menor do que 60 minutos (EVTF < 60’), 19 pacientes com EVTF maior ou igual a 60 minutos (EVTF &#8805; 60’), e 28 pacientes nos quais a perfusão hipotérmica in situ (EVTFHIPOT) foi realizada. Os valores das transaminases hepáticas (ASAT e ALAT), Bilirrubinas totais, creatinina, e tempo de protrombina foram registrados. Também foram verificados os índices de morbidade e de mortalidade pós-operatórias nos três grupos. RESULTADOS. O valor máximo no pós-operatório das enzimas hepáticas - ASAT e ALAT foram significativamente menores (p < 0.05) no grupo EVTFHIPOT (535 + 361 U/L e 436 + 427 U/L), quando comparados aos outros grupos - EVTF<60’(988 + 798 U/L; 844 + 733 U/L), EVTF>60’ (1583 + 984 U/L; 1082 + 842 U/L). No grupo EVTFHIPOT, os valores máximos das bilirrubinas (6,5 + 2,5 mg/dl),creatinina (1,2 + 0,7 mg/dl), e o número de complicações por paciente (1,2 + 1) foram semelhantes aos do grupo EVTF<60’’ (5,5 + 7,8; 1,3 + 1; e 0,7 + 1 respectivamente), e significativamente menores que os do grupo EVTF > 60’(12,8 + 11,8; 2,3 + 2,3, e 2,3 + 1,2). A mortalidade hospitalar foi de 1/34, 2/19 e 2/28 nos grupos EVTF < 60’, EVTF > 60’, e EVTFHIPOT, respectivamente,sem diferença estatística. CONCLUSÕES. Quando comparadas as técnicas clássicas de exclusão vascular do fígado,de qualquer duração, com aquela na qual se realizou a perfusão hipotérmica do fígado, conclui-se que, nesta última, os pacientes toleraram melhor a isquemia. Deve-se enfatizar que, na EVTF com hipotermia, existe melhor preservação da função hepática, melhor preservação da função renal, e menores índices de morbidade, quando comparada com a EVTF>60’’ sem hipotermia. Os fatores preditivos de EVTF por mais de 60 minutos auxiliam na adoção da opção pelo resfriamento hepático.