Avaliação do emprego da pentoxifilina na regeneração hepática em ratos submetidos à hepatectomia parcial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Martino, Rodrigo Bronze de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-01062010-123711/
Resumo: A cirurgia do fígado apresentou extraordinário avanço desde a primeira ressecção planejada realizada por Langenbuch em 1888, e o primeiro transplante de fígado realizado por Starzl em 1963, até atualmente quando extensas ressecções e transplantes de partes do fígado são possíveis. Isso se deve graças, entre outros fatores, ao reconhecimento da grande capacidade regenerativa do fígado. A regeneração hepática tem sido objeto de estudo por quase 100 anos, no entanto, o mecanismo pelo qual o hepatócito é estimulado à replicação não foi completamente elucidado. As citocinas têm papel fundamental no mecanismo de regeneração do fígado, destacando-se entre elas o TNF- e a IL-6. Elas favorecem a indução de outras citocinas e estimulam a regeneração. Elas, no entanto, contribuem também no mecanismo de lesão do hepátocito em situações como a da isquemia e reperfusão. Alguns dados da literatura são conflitantes e mostram respostas diferentes na regeneração hepática provocadas pela inibição do TNF-. A pentoxifilina é um derivado da metilxantina que tem uma potente ação inibidora da síntese de TNF-. O presente estudo visa a avaliar o efeito da administração de pentoxifilina na regeneração hepática em ratos submetidos a ressecção de 70% do parênquima hepático. Os animais foram divididos em 4 grupos: Controle, grupo I (laparotomia), Grupo II (hepatectomia + salina) e grupo III (hepatectomia + pentoxifilina). Foram realizadas dosagens de transaminases (AST e ALT) 2, 6 e 48 horas após o procedimento, de citocinas (TNF- e IL-6) no soro e no tecido hepático 2 e 6 horas após a operação, e realizado estudo histológico para avaliação do índice mitótico e do PCNA com o intuito de quantificar a regeneração hepática 48 horas após o procedimento. Os resultados mostraram que a pentoxifilina foi efetiva no bloqueio do TNF- e da IL-6 no soro, mas não no tecido hepático dos animais, e que esse bloqueio melhorou a regeneração hepática documentada pelo índice mitótico e pelo PCNA. Pudemos então concluir que a pentoxifilina, nas condições do presente estudo, melhorou a regeneração do fígado após ressecção de 70% do parênquima hepático por mecanismo relacionado a redução das citocinas séricas e manutenção das citocinas do tecido hepático