Efeito da adição de probiótico em alimento coadjuvante hipocalórico fornecido para cães obesos submetidos a perda de peso

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Vanzo, Verônica dos Santos
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Microbioma; Microbiome; Modulação; Modulation; Obesidade; Obesity; Simbiótico; Symbiotic
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-27012023-094856/

A obesidade é uma doença cronicamente associada a alterações metabólicas, hormonais e inflamatórias que, dentre diversos fatores predisponentes, discute-se sobre o papel do microbioma intestinal na sua gênese ou como potencial recurso terapêutico. Desse modo, os benefícios sobre a modulação bacteriana por meio do uso de probióticos, prebióticos e simbióticos são cada vez mais estudados em diferentes aplicações. Neste contexto, o presente estudo objetivou avaliar os possíveis efeitos da adição de probiótico, em alimento seco hipocalórico, fornecido para perda de peso de cães obesos. Para tal, foram produzidos dois alimentos de igual composição, diferindo pela adição de ingrediente probiótico por cobertura em um deles. O uso destes alimentos de forma randomizada em pacientes obesos resultou na formação de dois grupos experimentais, controle (CON) e probiótico (PRO). Por meio da coleta de amostras fecais obtidas após o procedimento de perda de peso foi determinada a composição da microbiota fecal. Adicionalmente, foram avaliados os parâmetros obtidos da perda de peso, assim como o perfil bioquímico (triglicérides, colesterol, frutosamina, glicemia, perfil renal e hepático), inflamatório (proteína C reativa e citocinas séricas IL-1 β, IL-6, IL-10 e TNF-α) e metabólico (insulina, leptina, glucagon, grelina, amilina, PPY, GLP1, CCK) dos animais. O projeto foi conduzido em um ensaio clínico prospectivo randomizado onde 14 cães obesos, classificados com escore de condição corporal (ECC) 8 ou 9 em uma escala de 9 pontos foram conduzidos mensalmente até que atingissem 20% de perda de peso ou o ECC ideal 5/9. Os grupos não apresentaram diferença estatística (p<0,05) com relação as métricas do programa de perda de peso, como: tempo para perda de peso (p=0,744), taxa de perda de peso semanal (p=0,195), quantidade de peso perdido (p=0,228), bem como os parâmetros bioquímicos, inflamatórios e hormonais. Dessa forma, a partir dos resultados obtidos e nas condições do estudo a adição do ingrediente probiótico não resultou em diferença para o tratamento da obesidade.