Os senhores de seus mundos: um estudo sobre Angélica e o narrador no \"Orlando Furioso\", de Ludovico Ariosto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Corrêa, Fernanda Zambon Nunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8148/tde-08012015-145543/
Resumo: Durante o Renascimento Italiano, em meio a uma situação de guerras e de incertezas, em uma sociedade cortesã permeada de relações aparentes motivadas por interesses políticos e pessoais, surge o Orlando Furioso, uma novela de cavalaria trabalhada durante quase trinta anos por Ludovico Ariosto, literato da corte de Ferrara que dedica seu poema a Ippolito dEste, seu senhor e mecenas. Embora se trate de uma novela de cavalaria. Ariosto deixa nela marcas que nos ajudam a entender um pouco da sociedade em que autor e obra estavam inseridos, por meio, sobretudo, das reflexões do narrador, o qual se coloca como personagem pertencente a uma sociedade historicamente determinada. Essa mistura espácio-temporal acaba concedendo um caráter paródico ao texto ariostesco. Diante disso, nosso estudo tem como objetivo analisar o comportamento contraditório da voz narrativa (que ora se mostra onisciente, ora se compara aos cavaleiros carolíngios errantes) e da principal personagem feminina do Furioso, Angélica, buscando relacionar tal comportamento com o meio social em que se dá a composição da obra e ao qual o próprio narrador demonstra pertencer