Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Urbano, Gustavo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-06122021-145526/
|
Resumo: |
Introdução: Episódios de Hemorragia Digestiva Alta (HDA) são causa frequente de busca por atendimento médico de urgência. Diversos escores para estratificação de risco foram desenvolvidos para prever desfechos clinicamente relevantes. Dentre estes escores, há evidências de que o Glasgow-Blatchford Score (GBS) tenha a maior acurácia. Objetivos: Descrever a utilização do GBS num centro terciário de emergência brasileiro e avaliar sua utilidade clínica. Métodos: Estudo descritivo analítico transversal, com auditoria de Endoscopias Digestivas Altas (EDAs) realizadas durante um período consecutivo de 2 anos, coleta dos dados destes pacientes, identificação daqueles que apresentavam HDA, estratificação em grupos de alto e baixo risco e subsequente aplicação do GBS. Principais resultados avaliados: Sensibilidade, especificidade, valores preditivo positivo e preditivo negativo para diferentes valores do escore, e comparação da acurácia do GBS em prever desfechos graves (grupo de alto risco) com o escore de Rockall completo (CRS) e préendoscópico (PRS). Resultados: 612 episódios de HDA foram avaliados, com valores do GBS calculados e variando entre 0 e 21, com média de 9,97. O valor do escore ≤2 foi identificado como ideal para prever sobrevivência sem necessidade de intervenção ou hemotransfusão (sensibilidade de 99,8%, especificidade de 23,8%, valor preditivo positivo de 74% e valor preditivo negativo de 97,9%). O GBS teve melhor desempenho (área sob a curva ROC (Receiver Operating Characteristic, ou Curva Característica de Operação do Receptor) - AUROC 0,87) em prever pacientes de alto risco (necessidade de intervenção, hemotransfusão ou óbito) que os escores PRS (0,70) e CRS (0,76). Conclusão: O GBS é aplicável em um centro de urgência brasileiro, e os resultados corroboram os dados da literatura internacional: o escore tem utilidade clínica e tem maior acurácia que os escores de Rockall (completo e pré-endoscópico) para previsão de desfechos de alto risco (óbito, necessidade de hemotransfusão ou intervenção para conter o sangramento). |