Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1975 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Arnóbio Gonçalves de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20240301-150744/
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Resumo: |
O presente trabalho foi desenvolvido com a finalidade de se aquilatar diferenças no crescimento, produção e acumulação e exportação de nutrientes, entre os cultivares Agroceres 256, Agroceres 504 (opaco-2), Centralmex, H - 7974 e Piranão (br2br2), cultivados em condições de campo. O ensaio foi conduzido durante o ano agrícola 1972/73, no município de Piracicaba, Estado de São Paulo, Brasil, tendo como suporte um Regossol arenoso de média fertilidade, exceto em relação ao teor de K que é baixo. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso com quatro repetições. Foram seguidas as práticas culturais comuns, e a adubação consistiu de 83g da fórmula 30 - 120 - 70, por metro linear no plantio, e 33 g/metro linear da fórmula 50 - 0 - 45, em cobertura, 22 dias após a germinação. A população de plantas foi de 50.000 por hectare. Plantas foram coletadas a partir dos 20 dias após a germinação, em intervalos de 20 dias, até os 120 dias. As plantas colhidas foram divididas em colmo + folhas', pendão e espiga, e analisadas quimicamente para N, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Fe, Mn e Zn. Aos 60 dias após o plantio e no florescimento, foram coletadas as folhas (+ 4) e da inserção da espiga, respectivamente, para fins da diagnose. Os dados obtidos e analisados estatisticamente permitem inferir as seguintes conclusões: Crescimento - Cultivares com produções semelhantes, nas mesmas condições de solo e clima, acumulam matéria seca em quantidades similares. - Os cultivares apresentam quantidades máximas de matéria seca variando entre 327 a 381g por planta, com a idade de 100 a 106 dias. - Diferenças entre cultivares na acumulação de matéria seca na parte vegetativa não se traduzem, necessariamente, por um aumento de peso da matéria seca na espiga. Acumulação de nutrientes - Não há diferenças na quantidade de N, P e K extraída pelos cultivares, embora na fase de crescimento intenso possa aparecer diferenças na quantidade destes nutrientes por planta. - São detectadas diferenças na acumulação de Ca, Mg e S quando os cultivares apresentam quantidades destes nutrientes próximas do máximo. O cultivar H - 7974 apresenta quantidades mais elevadas de Ca e Mg que os outros, enquanto o Agroceres 504 é mais rico em S que os outros cultivares. - Diferenças na acumulação de micronutrientes manifestam-se antes da fase de crescimento intenso (20 dias), embora possam não ser mais detectadas posteriormente. - Há diferenças na taxa de acumulação de alguns nutrientes (Zn, p. ex.) entre cultivares, sem afetar a quantidade máxima acumulada. - A seleção voltada para a obtenção de plantas, simplesmente mais produtivas devem, salvo casos específicos, levar a plantas com exigências nutricionais semelhantes. - Os cultivares atingem o máximo da quantidade de nutrientes nas seguintes épocas (em dias): N (89 - 100); P (101 - 120); K (58 - 66); Ca (75 - 94); Mg (100 - 120); S (93 - 95); Cu (101 - 104); Fe (106 - 120); Mn (82 - 94) e Zn (87 - 108). - As quantidades máximas extraídas pelos cultivares estão dentro dos limites (em mg/planta): N (3,169 - 3.878); P (541-642); K (3.850 - 4.693); Ca (582 - 782); Mg (654 - 943); S (444 - 799); Cu (2,06 - 3,49); Fe (26,66 - 36,29); Mn (9,92 - 14,39) e Zn (5,88 - 6,69). Diagnose foliar - Há diferenças nas concentrações de P, K, Ca, Mg e Fe, na matéria seca das folhas (+4) dos cultivares aos 60 dias após o plantio, e nas concentrações de P, K, Cu e Fe, na folha da inserção da espiga, na fase de florescimento. Diferenças estas que não afetam a produção de grãos. - A extensão das diferenças entre cultivares nos níveis foliares dos nutrientes depende da época de amostragem. As coletas feitas em épocas fisiológicas determinadas, tende a diminuir estas diferenças. - Cultivares com potenciais de produção semelhantes podem ser tratados igualmente em relação a análise de folhas, desde que se adote uma faixa de teores adequados. Produção - Não há diferenças entre cultivares em relação a produção de grãos. O rendimento (peso de grãos/peso da espiga) obedece a seguinte ordem decrescente para os cultivares: Agroceres 504, H - 7974, Centralmex, Agroceres 256 e Piranão. Exportação de nutrientes - Não há diferenças na quantidade de nutrientes exportada nos grãos dos cultivares, exceto para o Mn. - Além da diferença na quantidade de nutrientes translocada para a espiga, pode haver diferenças na distribuição dentro da espiga. - A exportação de nutrientes nas espigas dos cultivares são da seguinte ordem (por hectare colhido): N (11 - 111 kg); P ( 22 - 30 kg); K ( 30 - 45 kg); Ca (0,7 - 1,1 kg); Mg (10 - 12 kg); S (9 - 13 kg); Cu (26 - 35 g); Fe (200 - 220 g); Mn (90 -140 g) e Zn (160 - 250 g). |