Avaliação de variedades de milho (Zea mays L.) sob dois esquemas de cruzamento: dialélico parcial e “top-cross” intergrupos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Gorgulho, Eliana Patrícia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20191220-114556/
Resumo: Este trabalho teve como objetivo avaliar dois grupos de variedades de milho usando como metodologia dois esquemas de cruzamentos: dialélico parcial e “top-cross”, assim como obter a predição de médias de compostos utilizando expressões baseadas nas duas metodologias, com o propósito de estudar e fazer inferências comparativas. Para este propósito foram obtidos híbridos e “topcrosses” entre os dois grupos de variedades, onde o grupo (1) constituiu-se de seis populações: Taiúba, Taitinga, Iubatã, Moroti, Porangatu e WP12, e o grupo (2) de sete populações: Philippine DMR 2, Suwan 2, Caripeño DMR, Amarillo dentado DMR, Cupurico DMR, Tuxpeño Crema I e Tuxpeño Amarillo. Utilizando-se o modelo de cruzamento dialélico parcial e do cruzamento tipo “top-cross” intergrupos, estudou-se o comportamento destas populações quanto aos caracteres altura da planta e espiga, comprimento e diâmetro da espiga, peso de espigas e de grãos, em dois locais: no município de Anhembi (SP), e no município de Rio Verde (GO). Foram realizadas análises de variâncias considerando os dois modelos, e estimou-se os parâmetros dos dois modelos, assim como a correlação entre ambos. Também foram estimadas as produções de cruzamentos de compostos baseando-se em ambas metodologias. Os caracteres de arquitetura da planta exibiram variabilidade dentro e entre os grupos de variedades, assim como entre os híbridos, podendo se aproveitar melhor este material em trabalhos de melhoramento genético no sentido de se obter variedades ou compostos com melhor arquitetura. O caráter comprimento da espiga apresentou variabilidade dentro e entre os grupos de variedades, já o caráter diâmetro da espiga exibiu pouca variabilidade significativa estatisticamente. No geral para a produção de espigas e grãos, as variedades apresentaram variabilidade apenas intergrupos, indicando homogeneidade dentro dos grupos. Já os híbridos apresentaram variação, possibilitando a discriminação de cruzamentos para obtenção de F1’s mais produtivas, com uma heterose média em tomo de 8,58% da média dos pais. O esquema de dialélico parcial mostrou-se adequado e eficaz para a avaliação do potencial das variedades e dos cruzamentos intergrupos. Já o esquema de ''top-cross” mostrou-se um pouco limitado no estudo destes grupos de variedades e seus “topcrosses”. Onde as análises de variância e conclusões finais foram bastante semelhantes nos dois métodos, contudo os parâmetros estimados dos modelos apresentaram baixas correlações, uma vez que estas foram influenciadas pela baixa variabilidade presente entre as populações. Portanto acredita-se que a metodologia de cruzamentos “top-cross” deve ser melhor aproveitada em avaliações de populações no início dos programas de melhoramento, onde existe um grande número de material a ser avaliado e a variabilidade presente é alta. Já em programas mais avançados, onde a variação começa e se esgotar e também onde os cruzamentos específicos são importantes, outros métodos podem ser mais proveitosos que o de cruzamento “top-cross”.