Cercamento e abertura: o jardim e o imaginário da circularidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pessoa, Luciano Gutierres
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-14082024-115219/
Resumo: Partindo da identificação inicial do motivo complexo da circularidade -presente em certa ideia original de jardim e refletido nas obras de Carl Gustav Jung e Gaston Bachelard-, a tese se desenvolve como uma resposta possível à pergunta sobre o caráter circular, cercado, protegido do jardim, sobre a implícita relação entre o jardim e o imaginário da circularidade, considerando desde já que, no aspecto circular, para além da simples geometria ou regularidade do círculo, encontram-se combinados, entre outros, aspectos de cercamento, de continência, de centralidade, de cruciformidade, de radialidade, de simetria, de oposição, de equivalência, de ciclicidade, de totalidade e mesmo, como se verá, de abertura. Considerada em sua amplitude, a tese é também, em termos junguianos, um exercício de amplificação simbólica em torno do imaginário da circularidade implícito na ideia de jardim; assim como, em termos bachelardianos, é uma exploração poético-filosófica do mesmo problema. Organizada em três movimentos principais, a tese apresenta, de início, um levantamento pertinente, não exaustivo, de configurações originais da ideia de jardim, sobretudo a partir de tradições mitológicas (e alguns jardins históricos). Em seguida, procura-se estabelecer uma linha, dentro do campo de estudos do imaginário, a partir das obras de Bachelard e de Jung, cuja pertinência à esta pesquisa se estabelece na medida em que ambos elaboraram o tema da circularidade e abordagens experimentais no campo da imaginação. Por fim, propõe-se uma discussão nas chaves de uma amplificação poético-filosófica e de uma abertura metodológica: amplificação ou exercício de imaginação poética, ao modo bachelardiano, tendo como pretexto o jardim enquanto manifestação do imaginário da circularidade, isto é, uma exploração de correspondências simbólicas e desdobramentos poéticos do imaginário da circularidade implicado em certa ideia original de jardim. E um esboço de abertura metodológica, de viés experimental, fenomenológico -dada certa homologia observada entre o campo do imaginário e a natureza vivida pelo ser humano-, aplicado ao nosso tema, isto é, ao jardim e sua relação intrínseca com o imaginário da circularidade.