Estabilidade da correção da Classe II, 1ª divisão com o aparelho Bionator de Balters associado ao aparelho fixo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Francisconi, Manoela Fávaro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25144/tde-25072011-160810/
Resumo: Recursos ortopédicos e ortodônticos, utilizados de forma associada, têm se mostrado uma opção terapêutica eficiente no tratamento da má oclusão de Classe II, 1ª divisão desde que o paciente ainda apresente um potencial de crescimento favorável. Entretanto, as alterações nas relações esqueléticas, dentárias e tegumentares só podem ser consideradas satisfatórias caso permaneçam estáveis. Assim, este trabalho teve o propósito de avaliar cefalometricamente e por meio de modelos de estudo, a estabilidade das alterações decorrentes do tratamento com o aparelho Bionator de Balters, seguido do aparelho fixo, após um período médio de 10 anos. O grupo experimental compreendeu 23 pacientes que foram avaliados em três fases: inicial (T1), final (T2) e longo tempo pós-tratamento (T3). Foram avaliadas as telerradiografias em norma lateral (inicial, final e longo tempo pós-tratamento), totalizando 69 telerradiografias, e foram mensurados 69 modelos de estudo, avaliados nas fases previamente descritas, através do índice PAR. Também calculou-se a diferença entre o PAR inicial e o PAR final, a % de melhora obtida com esta terapia e a % de recidiva, ambas através do índice PAR. As variáveis analisadas foram comparadas por meio da análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas e o teste de comparações múltiplas de Tukey. A terapia estudada não propiciou alterações no desenvolvimento maxilar. Observou-se um aumento na protrusão mandibular, bem como um maior incremento no comprimento efetivo da mandíbula. A relação maxilomandibular foi corrigida, notou-se uma melhora na convexidade facial, com a diminuição do ângulo ANB. Alterações significantes no padrão de crescimento craniofacial não foram observadas. Verificou-se, através da variável FMA e no período de longo tempo pós-tratamento, uma rotação do plano mandibular no sentido anti-horário. O posicionamento vertical da maxila (SN.PP) também não se alterou. Os incisivos superiores sofreram lingualização e retrusão. Os primeiros molares superiores mostraram um pequeno aumento no sentido vertical semelhante ao fisiológico, que ocorre pelo processo de flutuação normal. Em contrapartida, os incisivos inferiores sofreram vestibularização e protrusão. Os primeiros molares inferiores, por sua vez, apresentaram um deslocamento no sentido vertical (extrusão) e horizontal (mesialização), contribuindo, assim, para a correção da má-oclusão de Cl II. O tratamento também foi efetivo em corrigir os respasses, horizontal e vertical, bem como a relação molar. O ângulo nasolabial não foi afetado pelo tratamento, mostrando que os aparelhos ortopédicos não afetam substancialmente esta variável. Além disso, é de suma importância, ressaltarmos que, as alterações obtidas, com o tratamento realizado, permaneceram estáveis no período de longo tempo pós-tratamento; demostrando, dessa maneira, a efetividade da terapia selecionada. Finalmente, na análise dos modelos de estudo, os valores do índice PAR sofreram uma redução estatisticamente significante e permaneceram estáveis no período de longo tempo pós-tratamento. A porcentagem de melhora obtida com esta terapia foi de 81,78% e a de recidiva foi de 4,90%. Esses dados refletem que o Bionator de Balters, associado ao aparelho fixo, é uma efetiva alternativa para o tratamento da má-oclusão de Cl II, 1ª divisão.