Fabricação de painéis de média densidade (MDF) a partir de fibras de Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden e Pinus caribaea Morelet var. hondurensis Barret e Golfari

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Benaduce, Catia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11149/tde-20190821-114000/
Resumo: A indústria de painéis reconstituídos de madeira foi desenvolvida com o objetivo de converter madeira barata ou de baixa qualidade, resíduos agrícolas, florestais e de serrarias em produtos com maior valor agregado. Porém, a expansão desta indústria, entre outros fatores, fez com que se utilizasse madeira reflorestada como fonte de matéria-prima. No Brasil, neste segmento, predomina o uso de madeira reflorestada devido a disponibilidade de grandes áreas para reflorestamento, clima favorável, dificuldade de obtenção de resíduos de maneira ordenada e, principalmente devido à homogeneidade deste tipo de madeira. A madeira de coníferas é utilizada em cerca de 50% das fábricas de painéis. Entretanto, em função do encerramento de plantios incentivados, há estimativa de num futuro próximo haver escasseamento de madeira reflorestada no mercado nacional, sobretudo de coníferas, já que atualmente esta espécie representa cerca de 30% da área reflorestada no Estado de São Paulo, abrindo desta maneira o mercado para a utilização de painéis reconstituídos, principalmente aqueles fabricados com folhosas ou mistura desta com outras madeiras. Dentro do segmento de painéis reconstituídos de madeira, o painel de média densidade (MDF), foi quem mais cresceu em termos de produção e consumo, devido conciliar características de homogeneidade, usinabilidade e versatilidade, sendo até considerado como o substituto da madeira. Frente a estes aspectos, apresenta-se neste trabalho a verificação da possibilidade de se fabricar MDF a partir de misturas de fibras de folhosas e coníferas, com diferentes níveis de resina uréia-formaldeído, dentro das especificações de normas internacionais. Foram fabricados painéis de MDF com mistura de fibras de Eucalyptus grandis e Pinus caribaea variedade hondurensis, nas proporções de 100:0; 70:30; 50:50; 30:70 e 0:100, com 8, 10 e 12% de resina uréia-formaldeído. O experimento foi executado no modelo estatístico fatorial5x3, com três repetições. A madeira foi transformada em cavacos e depois em fibras, em equipamentos industriais, sendo a formação do colchão de fibras e prensagem das chapas, em equipamentos de laboratório. Os cavacos e as fibras produzidas foram analisadas segundo a metodologia TAPPI 16 e TAPPI 233, respectivamente, e as chapas fabricadas segundo a norma EuroMDFBoard - EMB /IS - 2: 1995. Os resultados obtidos demonstraram que painéis podem ser fabricados com mistura de eucalipto e pinus e com diferentes proporções de resina uréia-formaldeído, sendo a melhor proporção 50% : 50% de folhosas e coníferas e 10% de resina uréia-formaldeído. Como resultados complementares observou-se que as madeiras de eucalipto e pinus apresentaram comportamento diferenciado quando reduzidas a cavacos sob as mesmas condições. Quanto ao aspecto de resistência mecânica, o acréscimo do teor de resina uréia- formaldeído propicia melhoria na resistência à tração perpendicular ao plano, resistência à flexão estática e módulo de elasticidade. Já o inchamento de espessura sofreu influência tanto da mistura de fibras quanto do teor de resina adicionado