Avaliação da patogenicidade de três isolados de Cylindroladium clavatum Hodges & May em árvores de Pinus caribaea Morelet var. hondurensis Barret & Golfari e Pinus oocarpa Shiede

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1980
Autor(a) principal: Homechin, Martin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20240301-151855/
Resumo: O presente trabalho teve por objetivo determinar a causa primária de uma podridão de raízes de árvores de espécies de Pinus tropicais, avaliar a suscetibilidade de P. caribaae var. hondurensis e P. oocarpa ao fungo Cylindrocladium clavatum e verificar a variação na patogenicidade entre isolados do referido fungo. Três experimentos, em períodos distintos, foram conduzidos em condições de campo, em um talhão de Pinus oocarpa e outro de P. caribaea var. hondurensis, ambos com seis anos de idade, instalados em solo de cerrado no Município de Monte Carmelo, MG. Para os testes de patogenicidade utilizaram-se três isolados de C. clavatum de diferentes procedências: a) tecido de raiz doente de P. oocarpa plantado em Pirapora, MG (isolado 1); b) rizosfera de raízes sadias de P. caribaea var. hondurensis plantado em Monte Carmelo, MG (isolado 2); c) solo virgem de cerrado desmatado também da região de Monte Carmelo, MG (isolado 3). O fungo foi inoculado através da colocação de um disco de ágar contendo micélio do mesmo, em orifícios feitos com um vazador cilíndrico, na casca de raízes laterais, em diferentes pontos ao longo da raiz. A proteção dos pontos de inoculação foi feita recolocando-se o disco de casca nos orifícios inoculados, com posterior cobertura das raízes com solo do local. O desenvolvimento das lesões foi avaliado aos 80 dias da inoculação para os experimentos 1 e 2 e aos 150 dias para o experimento 3. As avaliações do desenvolvimento das lesões foram feitas pela determinação de um índice de lesão (comprimento x largura) expresso em cm2. A extensão da colonização dos tecidos foi também avaliada através do plaqueamento de fragmentos de tecidos coletados a diferentes distâncias da margem da lesão, no sentido do comprimento da raiz. Os resultados obtidos demonstraram que: a) o fungo C. clavatum é agente causal de podridão de raízes em árvores de Pinus caribaea var. hondurensis e P. oocarpa; b) as espécies de Pinus testadas foram igualmente suscetíveis ao fungo; c) os três isolados do fungo foram patogênicos às duas espécies de Pinus testadas. Ocorreram diferenças na patogenicidade entre os isolados, sendo que o isolado obtido de tecidos de raízes doentes foi o mais patogênico quando comparado com os outros dois; d) quanto à colonização dos tecidos pelo fungo foi detectada a presença do mesmo nos tecidos adjacentes à lesão a distâncias máximas, variando de 0,5 a 1,5 cm e 0,5 a 2,0 cm, dependendo do isolado para os experimentos 1 e 2, respectivamente. O isolado 1 foi também o mais patogênico quanto à extensão da colonização dos tecidos; e) o período mais favorável ao desenvolvimento da doença (8 de dezembro de 1978 a 28 de fevereiro de 1979) foi aquele em que ocorreram as mais altas temperaturas de solo, maior precipitação pluviométrica e as mais elevadas porcentagens de umidade do solo.