Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Lima, Francisco José de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-24082023-115103/
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Resumo: |
O presente estudo investigou o efeito do treino com desenhos em relevo no reconhecimento háptico de figuras bidimensionais tangíveis por cegos, alfabetizandos e usuários do sistema Braille. Não tem havido consenso sobre a necessidade da experiência visual no reconhecimento háptico de figuras planas por cegos congênitos totais e sobre a capacidade desses sujeitos em reconhecerem desenhos com linhas em relevo. A fim de se elucidar tais controvérsias, o presente estudo esteou-se em um trabalho de treinamento háptico com oito sujeitos cegos totais, de duas escolas públicas da cidade de São Paulo. Para teste e treino no reconhecimento de desenhos bidimensionais tangíveis, fez-se uso de figuras em relevo, representativas de objetos (17) e figuras geométricas (16). Os sujeitos foram treinados a reconhecer esses desenhos, por exemplo, através de instrução verbal (oferecendo-se-lhes a categoria básica e superordenada, a qual os desenhos pertenciam), e através de informações sobre como as figuras foram produzidas (que regras pictográficas as regem e de que maneira os cegos poderiam produzir tais figuras). O teste e reteste foram feitos usando a tarefa de nomeação, sem a oferta de categoria ou instrução. O estudo permitiu elucidar, decisivamente, a controvérsia sobre a necessidade da experiência visual ou mediação visual no reconhecimento háptico de desenhos, revelando, incontestavelmente, a capacidade de os cegos reconhecer desenhos pelo tato, desde que lhes sejam oferecidos treino e instrução adequados. Sugere-se que se ensine a pessoa portadora de limitação visual a reconhecer e fazer desenhos o mais cedo possível, adaptando-se-lhes materiais e técnicas especiais a sua idade e grau de limitação visual. |