Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1998 |
Autor(a) principal: |
Lima, Francisco José de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-29082023-111548/
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Resumo: |
O presente trabalho estudou a mediação da visão no reconhecimento háptico de desenhos bidimensionais em relevo, comparando cegos congênitos, cegos adventícios e videntes vendados. Estudos têm mostrado que os cegos congênitos e cegos adventícios são capazes de produzir figuras bidimensionais. Todavia, há uma controvérsia quanto à capacidade dos cegos congênitos em reconhecer desenhos pelo tato, uma vez que esses indivíduos jamais tiveram experiência visual. Dessa maneira, investigamos se a imagem visual era necessária para a compreensão háptica de configurações bidimensionais. Na primeira tarefa, sujeitos videntes vendados examinaram hapticamente 22 objetos 3D. Num segundo experimento, cegos congênitos totais, cegos adventícios totais e videntes vendados produziram desenhos em relevo a partir dos seis objetos mais reconhecidos do experimento anterior. Na terceira tarefa, 12 figuras bidimensionais foram examinadas hapticamente por cegos congênitos totais, cegos adventícios totais e 10 videntes vendados, todos experimentalmente ingênuos. O sistema háptico mostrou-se muito hábil no reconhecimento de padrões 3D, não havendo diferença estatisticamente significativa entre os grupos. O status visual parece ter influenciado na tarefa de produção de desenhos, uma vez que os videntes e cegos adventícios se saíram melhor que os cegos congênitos. Entretanto, estes também foram capazes de produzir figuras, variando em função dos objetos 3D, observados hapticamente, e de suas habilidades individuais. Também não houve diferença estatisticamente significativa entre os cegos congênitos e os videntes, sugerindo que a imagem visual não é necessária para o reconhecimento háptico de figuras em relevo. É sugerido que se deva ensinar os cegos a desenhar e que se adeque a linguagem pictórica visual a uma linguagem pictórica háptica. |