Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Solla, Davi Jorge Fontoura |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-09102024-162052/
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Resumo: |
Introducao: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é a principal causa de morbimortalidade na população economicamente ativa. A contusão cerebral é um dos subtipos de lesão com maior impacto, agravada pelo fenômeno de progressão hemorrágica da contusão (PHC), uma lesão secundária, progressiva, incidente em até metade dos casos e associada a piores desfechos neurológicos. Objetivo: Desenvolver um escore prognóstico para predição de PHC. Metodos: Estudo de coorte multicêntrico com vítimas de TCE com os seguintes critérios de inclusão: TCE leve com indicação de tomografia computadorizada (TC) de crânio, ou TCE moderado ou grave; contusão cerebral à admissão; repetição de pelo menos uma TC de crânio em até 24 horas do trauma. Foram coletadas variáveis de interesse relacionadas à demografia, comorbidades, medicações em uso, caracterização do trauma, exames laboratoriais, TC à admissão e controles, manejo clínico e cirúrgico nas primeiras 72h e escores prognósticos em TCE. O desfecho primário foi a PHC, definida pelo aumento relativo 30% e um aumento absoluto 10ml. O desenvolvimento do novo escore de risco para predição de PHC foi baseado na técnica de regressão logística com tamanho amostral necessário calculado previamente. Resultados: Foram incluídos 284 pacientes. O desfecho primário, PHC, ocorreu em 54 pacientes (19,0%). Após análise multivariável, permaneceram como preditores de PHC: lesão extracraniana (OR 0,37, p=0,047), o tempo entre o trauma e a TC (a cada hora, OR 0,87, p=0,009), hematoma subdural (<10mm, OR 1,57, p=0,214; 10mm, OR 6,10, p=0,010) e plaquetopenia (a cada 1 x 10³, OR 0,99, p=0,053). O novo escore criado, chamado COUP (ContUsion Progression score) apresentou boa calibração e boa discriminação (estatística c = 0,77, IC 95% 0,71 0,83, p<0,001). Sua performance preditiva se manteve independente da gravidade do TCE e da presença de coagulopatia. O risco de PHC pelo escore COUP e o volume de PHC foram associados ao desfecho neurológico funcional, mesmo ajustado para a gravidade basal do paciente. Conclusao: Desenvolvemos um escore preditor de PHC (COUP score) simples e baseado em variáveis acessíveis com potencial de auxiliar no manejo e prognóstico destes pacientes. Sua acurácia foi semelhante à de outros escores utilizados rotineiramente na prática clínica. Novos estudos serão necessários para a validação externa deste novo escore |