Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Silva, Silvia Cristina Fürbringer e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-11032008-112815/
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Resumo: |
O trauma crânio-encefálico contuso (TCEC) é freqüentemente seguido por um período de amnésia pós-traumática (APT), importante indicador da gravidade desse tipo de trauma e subsídio nas decisões sobre a reabilitação dessas vítimas. Considerando as diversas dificuldades que têm sido apontadas na literatura para estabelecer a duração da APT e algumas lacunas no conhecimento dessa síndrome, este estudo teve como objetivos: identificar os fatores relacionados à APT de longa duração (> 24 horas) entre as características apresentadas pelas vítimas de TCEC na fase aguda do trauma, comparar a qualidade de vida das vítimas que apresentaram APT de longa duração, com as demais e analisar a relação entre qualidade de vida e duração da APT, computando ou não o período de coma. Foi realizado um estudo prospectivo longitudinal, com abordagem quantitativa, descritiva correlacional, utilizando dados tanto da fase aguda de tratamento (internação hospitalar pós-trauma), como também da avaliação de qualidade de vida realizada entre três e seis meses após o evento traumático. Foram alvo desta investigação 187 vítimas de TCEC, com idade superior a 14 anos, sem diagnóstico anterior de demência ou TCEC, atendidas em Pronto-Socorro de hospital de referência para atendimento de trauma na cidade de São Paulo, nas primeiras 12 horas após evento traumático e internadas nesse hospital entre dezembro de 2006 e outubro de 2007. As variáveis independentes analisadas para identificar fatores associados a longo tempo de APT foram idade, sexo, gravidade do trauma crânio-encefálico, local e tipo de lesão, número de lesões encefálicas diagnosticadas e uso de medicação com atividade em sistema nervoso central ou corticóides. A maioria da casuística era sexo masculino (86,2%), vítimas de acidentes de trânsito (58,3%), com indicação de TCEC leve pela ECGl (61,5%). A média da idade foi 38 anos (± 16,81), da duração de APT foi 7,8 dias (±12,2), incluindo o tempo de coma e 5,0 dias (±6,7), sem incluir esse período. Os fatores associados a APT de longa duração, identificados em modelo de regressão logística ajustado pela variável área de lesão (intra/extra axial), foram: ECGl inicial <= 12 (OR= 20,17) MAIS/cabeça >=3 (OR= 2,80) e uso de Fenitína (OR= 2,60), Midazolan (OR=2,83) ou ambas as drogas (OR= 3,83). Quando comparada à qualidade de vida entre as vítimas que apresentaram APT de longa e curta duração, observou-se diferença significativa entre os grupos nos domínios Capacidade Funcional, Limitação para Atividades Físicas e Atividade Social da SF-36 Health Survey (SF-36). O grupo com APT de longa duração apresentou resultados mais desfavoráveis do que o de curta nesses três domínios. As análises de correlação entre domínios da SF-36 e duração da APT considerando ou não o tempo de coma indicaram que a medida do tempo de APT deve excluir o período coma, tendo em vista que as correlações foram mais expressivas quando essa forma de medida da APT foi utilizada |