Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Flávia Rafaela Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11152/tde-29042016-184748/
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Resumo: |
Animais de produção em situações de confinamento, geralmente mostram sinais de estresse, de variados tipos.Promover o enriquecimento ambiental (EA) é uma estratégia que visa incentivar os padrões comportamentais típicos da espécie, aumentar a capacidade de lidar com desafios e reduzir ou eliminar comportamentos anormais. O enriquecimento ambiental pode ser dividido em categorias: físico, social, alimentar, cognitivo e sensorial. O sensorial envolve estímulos visuais, olfatórios, táteis e os auditivos que podem ser sons variados e música. Estudos têm demonstrado benefícios da música para animais, com melhorias nas condições de bem-estar, por meio de redução de estereotipias e maior relaxamento. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a influência da música (composições de Antonio Lucio Vivaldi) sobre aspectos comportamentais (posição, atividade, estereotipias, comportamento social e agonístico) e respostas fisiológicas, frequência respiratória (FR) e temperatura retal (TR)em 28 matrizes suínas gestantes, nas fases de alojamento em gaiolas individuais (etapa1) e baias coletivas (etapa 2). A pesquisa foi realizada no município de Mogi-Mirim/SP, entre os meses de Junho a Setembro de 2014. A reprodução musical para o grupo com música (CM; N=14) foi intermitente ao longo do período (6 horas por dia, em dois dias da semana, por 15 semanas), enquanto o grupo controle (sem música) permaneceu submetido aos sons naturais do ambiente. As avaliações comportamentais (AC) foram categorizadas por faixas de horários (1, 2, 3, 4 e 5) e, as avaliações fisiológicas (AF) foram realizadas em horários pontuais (9h, 11h, 13h, 15h e 17h), sempre um da para AC e no outro AF. Os dados climáticos e índices de conforto, entalpia e índice de temperatura e umidade (ITU) foram estudados para caracterização do ambiente. Os dados climáticos mostraram que as fêmeas de ambos os grupos (CM e SM) e etapas, na maior parte do período estavam fora da zona de conforto (acima de 18ºC). Em ambas as etapas a FR diferiu (P<0,05) entre os grupos, na primeira etapa no horário das 9h, na etapa 2 nos horários 9h,11h,13h e 15h, com menores médias para o grupo CM. A TR não diferiu (P>0,05) entre grupos nas duas etapas. Foram encontradas evidências de que o grupo com música apresentou maior frequência da posição deitada e do comportamento inativo (P<0.05), inversamente menores valores para o comportamento alerta e outras atividades (P<0,05) comparado ao grupo SM. A expressão de estereotipias, de maneira geral, foi maior no grupo sem música, nas duas etapas. A mastigação falsa na etapa 2 mostrou média e desvio padrão (DP) de 5,80±1,66 (CM) e 8,93±4,97 (SM) e fuçar/lamber mostrou médias e DP de 8,79±9,07 (CM) e 17,68±9,78 (SM). Interações sociais e agonísticas não diferiram entre grupos, mas interação agonística com pesquisador apresentou diferença em todos os horários, sendo presente apenas no grupo sem música. Na primeira faixa de horário as médias e DP foram de 0,00±0,0 (CM) and 1,57±0,78 (SM). Concluiu-se, a partir dos resultados, que a música influenciou o comportamento dos animais, promovendo um maior relaxamento e redução de estereotipias, aspectos relacionados a uma melhor situação de bem-estar. |