Trabalho em turnos (24/7) e práticas de rh: proposta para gestão específica de pessoas específicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Alexandre Vieira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-02122021-163250/
Resumo: O contexto global atual está em um ritmo acelerado, impulsionado principalmente pelo avanço das tecnologias computacionais, por outro lado os indivíduos buscam conciliar a vida profissional com a vida pessoal, dando mais ênfase ao equilíbrio do que a acumulação desenfreada de capital. O trabalho, nesse cenário, pode ser 24/7, ou seja, as empresas não param e elas precisam ter uma força laboral atuando em todos os horários, para atender as demandas dos clientes. A Gestão de Recursos Humanos (GRH) deve, então, possibilitar mecanismos de flexibilização a fim de adaptar a jornada para quando as pessoas se sentem mais produtivas. Embora haja consequências positivas no trabalho em turnos, as negativas podem ser desastrosas para o indivíduo e organização. Especialistas em medicina ocupacional têm chamado atenção e voltado suas pesquisas para os efeitos do trabalho em turnos, mas os impactos negativos têm sido negligenciados sob as óticas econômica e de gerenciamento de pessoas. Com isso, esta pesquisa apresenta um levantamento teórico sobre práticas de recursos humanos, trabalho em turnos e suas implicações com objetivo de identificar se as organizações de tecnologia da informação e comunicações ajustam práticas de RH específicas para o trabalho em turnos, a fim de amenizar os impactos causados pelo emprego desse formato. Para cumprir tal objetivo, houve uma etapa quantitativa com a base de dados resultante da FEEx 2020 e uma etapa qualitativa com entrevistas a cinco gestores. Os resultados permitiram comprovar as hipóteses de pesquisa determinando que a maioria das organizações que possuem trabalhadores em turnos não possuem práticas de RH específicas para estes profissionais no que tange ao recrutamento e seleção, acompanhamento da saúde física e mental e à presença de gestores atuando nas 24 horas do dia. Portanto entende-se que a amostra de organizações estudadas claramente não provê condições que permitam minimizar os impactos decorrentes dos turnos e abre espaço para uma teoria mais abrangente.