Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Borges, Flavio Notarnicola da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-23082024-135456/
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Resumo: |
Objetivo: Avaliar os impactos dos turnos fixos noturnos de 12 horas de trabalho seguidas por 36 horas de descanso no sono e no bem estar dos trabalhadores da área da saúde do Complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo submetidos a este tipo de turno. Metodologia: Foram utilizados neste estudo o índice de Capacidade para o Trabalho, um questionário sobre distúrbios de sono e um questionário de fadiga, para fornecer dados sobe fadiga e perda de capacidade funcional, e também excluir da amostra indivíduos que apresentavam problemas de sono não relacionados ao trabalho em turnos. Para obtenção dos dados referentes ao sono dos trabalhadores foram usados Protocolos diários de atividades e actígrafos. Os episódios de sono foram divididos em categorias conforme sua ocorrência em relação à noite de trabalho. Este é um estudo transversal, isto é, o impacto do turno de 12 horas, no alerta e no sono dos trabalhadores, foi avaliado em um dado momento do tempo. Resultados: Os resultados relacionados à fadiga mostraram correlações significantes quando a população foi dividida em dois grupos: um com a idade < 40 e outro com 40 anos ou mais. Para o grupo formado por indivíduos cujas idades eram maiores ou iguais a 40 anos foi observada uma correlação negativa entre a idade e o escore de fadiga projetada sobre o corpo. Ocorreu o esperado para o índice de Capacidade para o Trabalho, isto é, quanto maior a perda da capacidade (menor escore para o ICT) maior a projeção da fadiga sobre o corpo e também maior o escore geral da fadiga. Os trabalhadores mostraram decréscimo significante na duração do sono após 12 horas de trabalho noturno. O sono no dia de folga, predominantemente noturno, foi percebido como de melhor qualidade, enquanto que a pior qualidade foi registrada pelo sono anterior à noite de trabalho. O nível de alerta percebido decaiu significantemente ao longo do turno de trabalho. Conclusões: A população estudada já apresenta alguma perda da capacidade para o trabalho, observou-se provavelmente a influência do \"efeito do trabalhador sadio\". O turno noturno de trabalho influenciou na percepção da qualidade do sono dos trabalhadores, causou uma diminuição da duração do sono dos trabalhadores particularmente após a noite de trabalho e a duração do turno de trabalho gerou uma queda significante na percepção do alerta ao longo das horas de trabalho noturno. |