Impacto dos diferentes tipos de instrumentos de descontaminação de superfície do implante nos resultados clínicos e radiográficos após tratamento regenerativo cirúrgico da peri-implantite: uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Takahashi, Daniela Yumie
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-30012023-164206/
Resumo: O objetivo desta revisão sistemática foi avaliar os efeitos de diferentes instrumentos, utilizados para descontaminação da superfície de implantes diagnosticados com peri implantite e tratados com técnica cirúrgica regenerativa, nos resultados clínicos e radiográficos. Uma busca sistemática foi realizada em cinco bancos de dados (PubMed, Embase, Web of Science, Scopus e Cochrane Central Register of Controlled Trials [CENTRAL]) até 10 de março de 2022 para identificar ensaios clínicos randomizados (ECR) e estudos observacionais (EO) (coorte e/ou série de casos) com seguimento de pelo menos 12 meses, que relataram métodos de descontaminação da superfície do implante (DSI) utilizados anteriormente para procedimentos cirúrgicos reconstrutivos e resultados clínicos e radiográficos. Estudos limitados à peri-implantite tratada por cirurgia reconstrutiva que incluiu o uso de enxerto ósseo e membrana foram elegíveis para inclusão. Os desfechos primários foram: Ganho no nível ósseo marginal radiográfico (NOMR) e/ou preenchimento ósseo (PO)/preenchimento do defeito ósseo (PDO). Os desfechos secundários foram: redução da profundidade de sondagem (PS), sangramento à sondagem (SS) e supuração (SUP), ganho no nível clínico de inserção (NCI) e mudanças na recessão da mucosa (RM) peri-implantar. De um banco de dados de 666 estudos, oito estudos foram elegíveis para inclusão, representando 177 participantes e 209 implantes tratados para peri-implantite. Três deles eram ECRs e cinco eram EO. Entre o grupo intervenção, um estudo avaliou superfícies de implantes instrumentadas com pontas ultrassônicas (US), quatro com instrumentos manuais (IM) e um com escovas de titânio (ET), e um avaliou US e ET. Enquanto que para o grupo controle, um estudo utilizou apenas jato de ar abrasivo (JAA). Cinco estudos mostraram > 2mm de ganho de NOMR, sendo um estudo tratado com USD, um com IM, dois com ET e um com JAA, no entanto, a perda NOMR média foi observada em um estudo que utilizou IM. O NOMR variou de 44 a 93% para todos os estudos. A PS média variou de 5,1 a 8,1 mm na linha de base e foi reduzida para a faixa de 3,45 a 4,92 mm para todos os estudos. A redução do SS foi compatível com tecidos peri-implantares saudáveis para a maioria dos estudos. Um estudo que avaliou USD demonstrou a maior porcentagem de locais de SUP após o tratamento (23%), enquanto foi reduzido para menos de 2% para todos os outros estudos. A maior média de RM peri-implantar atingiu 1,3 mm e foi observada para os estudos que usaram US, IM e JAA. Conclusão: Nenhum tratamento de superfície de implante foi superior a outros quando os resultados clínicos e radiográficos foram avaliados. Todos os tipos de DSI avaliados (US, IM, ET e JAA) neste estudo foram bem sucedidos em favorecer o preenchimento do defeito ósseo, profundidade de sondagem e redução do sangramento à sondagem. No entanto, esta revisão sistemática destaca a importância de definir melhor os protocolos de DSI para o tratamento da peri-implantite e focar novos projetos de pesquisa que busquem responder quais são os melhores instrumentos e protocolos de tratamento.