Fatores de risco para necessidade de uso de oxigênio em gestantes e puérperas não vacinadas com diagnóstico de Covid-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Baptista, Fernanda Spadotto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-19102023-172810/
Resumo: Objetivos: identificar os fatores de risco para necessidade de uso de oxigênio (O2), durante a internação hospitalar em gestantes e puérperas com Covid-19, não vacinadas. Como objetivo secundário o estudo correlacionou o tipo de suporte de O2 e o risco de intubação oro traqueal (IOT). Métodos: coorte prospectiva envolvendo gestantes internadas com Covid-19 no período de abril a setembro de 2020. Gestantes e puérperas não vacinadas que usaram O2 foram comparadas às que não usaram O2 quanto aos fatores de risco: características demográficas, hábitos de vida, comorbidades, história obstétrica, sintomas de Covid-19, parâmetros clínicos e laboratoriais na admissão hospitalar e achados de tomografia computadorizada (TC) de tórax. A análise univariada de Poisson foi utilizada para estimar o risco relativo (RR) e seus respectivos intervalos de confiança de 95%. Resultados: 145 pacientes, 80 que usaram O2 e 65 sem uso de O2 foram incluídas na análise. Índice de massa corpórea (IMC) 30 kg/m2, tabagismo e hipertensão crônica aumentaram risco de necessidade de O2 em 1,86 (1,10 3,21), 1,57 (1,16-2,12) e 1,46 (1,09-1,95) vezes respectivamente. Frequência respiratória maior ou igual a 24 incursões por minuto e saturação de O2 menor do que 95% apresentaram riscos relativos para necessidade de O2 de 2,55 (1,82-3,56) e 1,68 (1,27 2,20), respectivamente. Achados de TC de tórax com lesões em vidro fosco < 50% e com lesões em vidro fosco 50% os riscos de necessidade de O2 foram respectivamente 3,41 vezes e 5,33 vezes maior do que pacientes que não apresentaram sinais de pneumonia viral à TC. A combinação de PCR 21 mg/L, hemoglobina < 11,0 g/dL e linfopenia < 1500/mm3 na admissão hospitalar aumentou 4,97 vezes o risco de necessidade de uso de O2. Conclusões: Em pacientes obstétricas internadas com Covid-19, história clínica, parâmetros laboratoriais, clínicos e radiológicos na admissão foram identificados como fatores de risco para necessidade de O2, selecionando a população com maior chance de piora. Qualquer tipo de suporte de O2 aumenta o risco de IOT nessas pacientes