Expectativas escolares e profissionais de adolescentes: um estudo sobre relações de gênero e percepção de autoeficácia acadêmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Martins, Mônica Carolina Jurca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-22102013-164124/
Resumo: A cultura, concomitantemente às características biológicas do homem, modelou normas de convivência, posturas sociais, formas de ser e pensar nas diversas sociedades existentes. Entre posturas, modos de ser, agir e pensar percebe-se uma clara distinção entre homens e mulheres. Distinção essa que não abrange somente o fato de nascer biologicamente homem ou mulher (sexo), mas, também, ser culturalmente homem ou mulher (gênero). As implicações e como essa diferença se apresenta na vida individual e em sociedade, nas instituições (especificamente na família e escola), são abordadas nesse trabalho. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo compreender se os papéis de gênero possuem relações com as escolhas de meninos e meninas em situação escolar na condição de alunos, se suas expectativas se pautam em modelos de homem e mulher de sua sociedade quando planejam e projetam suas vidas. Objetivou também analisar se as projeções de vida futura dos meninos e meninas estão relacionadas à percepção de sua auto-eficácia acadêmica. A metodologia adotada foi descritiva e qualitativa. Os procedimentos de coleta de dados foram: dois roteiros para avaliação da autoeficácia acadêmica e uma redação. Os participantes foram alunos das 1ªs e 2ªs séries do ensino médio de escolas públicas e privadas. As questões referentes a projetos de escolaridade, de constituição familiar, pretensões acadêmicas e a relação do indivíduo com o trabalho, mostram que o planejamento do futuro depende principalmente do bom desempenho escolar, apresentado pelos participantes através da autoeficácia positiva, que parece ser, para eles, condição fundamental para a realização de planos e metas. A análise dos dados também mostra que as relações de gênero são permeadas por desigualdades seja na esfera pessoal ou social. As desigualdades de gênero estão presentes no discurso dos participantes, que reproduzem e se enquadram em relações desiguais, tanto meninos como meninas, sendo a diferença ainda um parâmetro para a desigualdade.