Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Mühlen, Gilda Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20200111-133410/
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Resumo: |
A diversidade genética de 55 acessos de mandioca foi avaliada por meio de marcadores de DNA. Todos os acessos pertencem à coleção de germoplasma do Departamento de Genética da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Piracicaba - SP - Brasil). Foram escolhidas 45 etnovariedades da região Amazônica (23 do Rio Negro, 6 do Rio Branco e 16 do Rio Solimões), 9 etnovariedades do Litoral Sul do Estado de São Paulo e 1 variedade comercial (Mantiqueira). Das 55 variedades, 17 são aipins (ou macaxeiras) e 38 são mandiocas bravas. Foram usados três tipos de marcadores de DNA: RAPD, AFLP e microssatélites. Estes marcadores produziram 339 bandas: 156 bandas de RAPD, sendo 87 (55,8%) polimórficas; 134 bandas de AFLP, sendo 93 (69,4%) polimórficas e os 11 locos de microssatélites geraram 49 bandas (alelos), sendo 48 (98,0%) polimórficas. Para os microssatélites, o número de alelos por loco variou de 2 a 8, com média de 4,5 alelos. Quanto à porcentagem de locos heterozigotos por indivíduo, o mínimo foi 27% e o máximo 91%, com média de 56%. As etnovariedades do Litoral de São Paulo apresentaram uma média de locos heterozigotos maior que as da Amazônia com 75% e 53%, respectivamente. Os índices de diversidade (ID) para cada loco variaram de ID=0,02 a ID=0,79, com média de ID=0,55. Considerando o agrupamento das plantas em função do local de origem, a variabilidade genética dentro dos grupos foi superior à variabilidade entre os grupos. Os coeficientes de diferenciação genética, calculados para os 11 locos de microssatélites, tiveram um valor médio de GST =0,07. Considerando o agrupamento em função de tipo de mandioca (aipim ou mandioca brava), obteve-se o valor médio de GST = 0,04. Foram calculados índices de similaridade (Nei & Li) para os três tipos de marcador. Para RAPD, o valor mínimo foi de S=0,81, máximo de S=0,99 com média de S=0,89. Para AFLP, o mínimo foi de S=0,85, máximo de S=1,00 e média de S=0,75. Para microssatélites, o mínimo foi de S=0,24, máximo de S=1,00 e média de S=0,59. As correlações entre as três matrizes de similaridade foram iguais e baixas, com r = 0,40. Dendrogramas construídos a partir dos três tipos de marcador, não definem agrupamentos muito claros e são bastante diferentes entre si. Porém, um padrão é comum a todos: a separação entre aipins (ou macaxeiras) e as mandiocas bravas. As correlações cofenéticas foram: r=0,81 para RAPD, r=0,69 para AFLP e r=0,73 para microssatélites. Análise de coordenadas principais (PCoA), para cada um dos marcadores, confirmou a divisão entre mandiocas bravas e aipins (ou macaxeiras). No grupo dos aipins estão incluídas todas a etnovariedades do Litoral Sul de São Paulo, a variedade comercial Mantiqueira e mais 7 etnovariedades dos três locais de coleta na Amazônia. Este estudo confirmou que os marcadores de DNA são úteis na avaliação da variabilidade genética de etnovariedades de mandioca e apontou uma possível divisão genética do germoplasma desta espécie em dois grupos: mandiocas bravas e aipins (ou macaxeiras). |