Há um sertão indígena Quixelô a ser conhecido e reconhecido: forças, embates e modos de (re)existir nos movimentos e coletivos Quixelô

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Paiva, Giovani Frascaroli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/31/31131/tde-03052024-164112/
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo investigar os modos de (re)existir nos movimentos e coletivos indígenas Quixelô, de modo a identificar conexões e emaranhados entre as existências de um Sertão indígena Quixelô, mediante escuta e transcrição das narrativas e experiências de pessoas presentes nestes coletivos e movimentos. A pesquisa descreve as existências que compõem estes movimentos e coletivos pressupondo que, mesmo partindo de experiências pessoais, estes movimentos são realizados na conexão com outros seres, em redes e agências coletivas, que sustentem a autodeterminação de suas indianidades. O trabalho averigua a hipótese de que as diferentes existências e forças agenciadas pelas narrativas colaboram para a percepção que cada interlocutor tem do significado de seu movimento sentido que, por vezes, será possível entrever nas palavras (re)existência, resgate ou retomada. A investigação foi realizada por meio de uma abordagem histórica, utilizando como base as metodologias da história oral e as narrativas produzidas em colaboração com pessoas e coletividades localizadas e referenciadas por territórios do Sertão do Quixelô - ou Ribeira dos Quixelô - hoje situados nos municípios de Quixelô, Iguatu, Acopiara, região Centro-Sul do Ceará e composto também por pessoas e famílias migrantes. Junto aos interlocutores, se vislumbrou a possibilidade de contar histórias nas quais as existências Quixelô habitem tempos passados, presentes e futuros, em oposição às narrativas coloniais e atuais que afirmam seu extermínio.